Puxado principalmente pelos segmentos de saúde, transporte e habitação, o custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo apresentou alta de 0,38% em junho na comparação com maio, conforme pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Com o resultado, a inflação na região já acumula alta de 3,37% no semestre e de 6,23% em doze meses.
O levantamento divulgado nesta terça-feira, 22, aponta que as famílias das classes D e E foram as que mais sentiram a elevação do custo de vida na Grande São Paulo no período, com variações positivas de 0,43% e 0,41%, respectivamente. Em seguida, aparecem as classe C (0,39%) e A (0,37%). Quem menos foi atingida pela alta dos preços no período foram as famílias da classe B, para quem o custo de vida registrou alta de 0,35%.
Os segmentos de saúde (0,65%), transportes (0,56%) e habitação (0,65%) fizeram importante pressão de alta no custo de vida geral na região, pois juntos respondem por mais da metade do indicador. De forma isolada, o grupo despesas pessoais, porém, foi o que teve maior variação de preços, de 1,5%. Também apresentou elevação a atividade de vestuário, com aumento de 0,53% em junho na comparação com maio.
Ficaram estáveis os preços das áreas de comunicação (sem variação) e educação (-0,02%). Já no campo negativo, houve deflação para os artigos do lar (-028%) e para alimentação e bebidas (-0,11%), que possui mais de um quinto de participação na composição do índice.
Entre os subindicadores que compõem o Índice de Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da FecomercioSP, os comportamentos foram opostos. Ao contrário do que ocorreu em maio, o Índice de Preços de Serviços (IPS) foi o que cresceu (0,92%), enquanto o Índice de Preços do Varejo (IPV) caiu (-0,13%). Com isso, no primeiro semestre, o IPS acumula alta de 2,99% e, em doze meses, de 6,13%. O IPV, por sua vez, cresceu 3,71% nos seis meses iniciais do ano e, no acumulado de doze meses, teve alta de 6,32%.