A intenção de financiamento do paulistano subiu 26% entre julho e agosto, de 14,0 pontos para 17,6 pontos, conforme pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O nível de julho, contudo, foi o mais baixo da série histórica do Índice de Intenção de Financiamento, mostra a publicação. Em agosto de 2016 estava em 15,3 pontos.

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Por outro lado, o Índice de Segurança de Crédito registrou retração na margem, de 2,9% (de 83,7 para 81,4 pontos), e também no confronto interanual, de 3,5% (84,3 pontos). O recuo na comparação mensal foi influenciado pelas expectativas dos consumidores endividados, grupo onde a pontuação relativa à segurança do crédito caiu 4,9%. Entre os não endividados, mais otimistas, houve aumento de 0,6%. Em relação a agosto de 2016, os dois grupos tiveram redução no quesito segurança do crédito, de 1,6% e 3%, respectivamente.

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A FecomercioSP analisa que o aumento da intenção de financiamento observado em agosto pode ter relação com a redução de tensão no ambiente político após o afastamento da denúncia contra o presidente Michel Temer. “A FecomercioSP considera que, com o encerramento desse mais novo episódio, é capaz de o clima de recuperação se consolidar, inclusive com efeitos positivos sobre emprego e sobre o mercado de crédito”, diz a Federação em relatório da pesquisa, embora sugira cautela e atenção com os próximos eventos.

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Aplicações

A poupança segue como a principal aplicação do paulistano, segundo a pesquisa da FecomercioSP, alcançando 61,8% dos entrevistados em agosto, alta de 3 pontos porcentuais ante julho, mas bem abaixo do patamar de 80% alcançado em período pré-crise. Em agosto de 2016, a poupança era a aplicação preferida de 64,3% dos paulistanos.

O porcentual que investe em renda fixa ficou em 19,9% em agosto, o que representou uma queda de 1,2 ponto porcentual em relação a julho, mas um crescimento de 2,2 pontos frente a igual mês de 2016. Ainda de acordo com a pesquisa, a Previdência Privada ganhou posições diante das incertezas sobre as novas regras da aposentadoria, analisa a FecomercioSP.

“Se a economia se estabilizar com a retomada definitiva do crescimento de longo prazo, as aplicações em ações devem também ocupar um espaço levemente maior do que o atual”, completa a Federação.