As vendas do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo subiram 7,1% em fevereiro em relação a igual mês de 2010, atingindo R$ 8,1 bilhões, segundo levantamento divulgado hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). No primeiro bimestre, as vendas acumulam aumento de 6,9% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Os dados consideram as vendas na região do varejo tradicional e na internet.
“O resultado evidencia a continuidade do ciclo positivo que prevaleceu ao longo do ano anterior”, diz a Fecomercio-SP, em nota à imprensa. Segundo a entidade, as vendas avançaram em todos os ramos de atividade, com exceção do segmento de lojas de departamentos, cujas vendas caíram 3,2% em fevereiro e 1,7% no acumulado do ano, ambos na comparação com iguais períodos de 2010.
O segmento de lojas de materiais de construção puxou as vendas do varejo, com crescimento de 21% em fevereiro e 17,3% no bimestre. “O crescimento se deve ao aquecimento do mercado imobiliário, onde a aquisição de imóveis usados, que normalmente são reformados pelos novos proprietários, vem ganhando força frente à venda de novos empreendimentos”, destacou a Fecomercio-SP.
Na sequência, aparecem as vendas do comércio eletrônico (alta de 20,8% em fevereiro e de 24,6% no bimestre) e do comércio automotivo (10,3% em fevereiro e 6,2% no bimestre). As lojas de eletrodomésticos e eletrônicos registraram alta de 7,5% em fevereiro, mas acumularam alta de 25,9% no ano.
Já o varejo de móveis e decorações teve aumento das vendas de 6,5% em fevereiro e de 5,7% no bimestre, enquanto o de vestuário, tecidos e calçados observou alta de 6,2% em fevereiro e 0,3% no acumulado. Os supermercados registraram crescimento das vendas de 3,5% em fevereiro e 3,2% nos dois primeiros meses de 2011.
Para março, a entidade avalia que, “devido ao carnaval e, consequentemente, ao menor número de dias úteis”, este mês deve apresentar taxas de desempenho mais “contidas”. Em relação ao acumulado do primeiro trimestre deste ano, a Fecomercio-SP projeta alta de 5%, taxa que deve ser mantida ao longo do primeiro semestre.
“A única ameaça para esse nível de crescimento da economia, ao menos no curto prazo, seria uma radicalização do aperto monetário que vem sendo realizado pelo Banco Central”.