O comércio varejista da região metropolitana de São Paulo registrou em agosto a segunda alta do ano no faturamento real. É o que indica a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Em agosto, o varejo registrou alta de 3,3% ante o mesmo período de 2008. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a taxa de crescimento do setor foi de 0,7% ante igual intervalo de 2008. Antes de agosto, a única alta registrada em 2009 foi a de 10,8% observada em junho em relação ao mesmo mês de 2008.

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Os economistas da entidade atribuem o crescimento ao setor de supermercados, atividade de maior peso no varejo e que puxou o resultado do indicador em agosto. De acordo com eles, os consumidores voltaram a comprar bens básicos de consumo depois dos efeitos da crise financeira mundial no País. “Isso se deve aos incentivos do governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e ao aumento da massa de rendimento, que teve crescimento médio real de 5% no primeiro semestre”, explica Altamiro Carvalho, da Fecomercio-SP.

Carvalho ressalta que em agosto do ano passado as vendas estavam bastante aquecidas. “O resultado parece indicar o início da consolidação de uma nova trajetória de crescimento sustentado das vendas na região, com a normalização do nível de consumo das famílias”, avalia. O economista atribui ainda o resultado à redução gradual do desemprego e facilidade de acesso ao crédito nos últimos três meses.

O setor de supermercados apresentou o melhor desempenho do comércio varejista ante agosto de 2008, 15,4%. No acumulado de janeiro a agosto, a alta foi de 8% em relação ao mesmo período de 2008. Essa é a quinta alta consecutiva no setor. Para Carvalho, o resultado revela a tendência do consumidor em dar prioridade a gastos que foram cortados durante os primeiros meses de crise no País, no final do ano passado.

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