Fecomercio-SP: corte de gasto de R$ 10 bi é insuficiente

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) avaliou hoje como “insuficiente” o anúncio do governo federal de que lançará mão de um corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento deste ano. Em nota, a entidade comparou a iniciativa anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a “uma tranca em uma porta que já sofreu arrombamento” e ressaltou que apenas uma “redução drástica” das despesas correntes e uma “reforma fiscal” irão equilibrar a economia. “Só uma redução drástica das despesas romperá com o ciclo pernicioso de aumento dos juros para tentar conter a inflação”, registrou a nota.

Há menos de dois meses, o governo federal havia anunciado um contingenciamento de R$ 21,8 bilhões no Orçamento para este ano. Ontem, o corte foi ampliado em R$ 10 bilhões, como forma de evitar o superaquecimento da economia. “Há anos, temos alertado a administração pública sobre a necessidade de cortar gastos, tornar-se mais eficiente, de forma a estabelecermos as condições de crescer de uma forma sustentável”, salientou a Fecomercio-SP.

A entidade reforça na nota que muitos analistas de mercado já alertaram o governo federal sobre o “crescente exagero dos gastos correntes no Brasil”. De acordo com a instituição, é necessário um ajuste “muito maior” que os R$ 10 bilhões. “O País não deve atingir um superávit primário de nem 2% do Produto Interno Bruto (PIB)”, avaliou a Fecomercio-SP. “Esse superávit primário de 2% não é suficiente para manter estável a relação entre dívida e PIB.”

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