A porcentagem de famílias endividadas na Grande de São Paulo caiu para 48,3% em abril, ante 52,8% em março, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). De acordo com a entidade, a queda no endividamento é resultado da confiança do consumidor e do aumento dos postos de trabalho.
A pesquisa classifica como endividada a família que tem dívidas a pagar – e não as que possuem contas em atraso. Cobranças regulares, como as de água, luz e telefone, não são consideradas. O cálculo leva em conta apenas dívidas extraordinárias, como as de carnês e as de financiamentos de automóveis. No levantamento, foram ouvidas 2,2 mil famílias.
Em número absolutos, a Grande São Paulo soma 1,73 milhão de famílias endividas em abril – 160 mil menos que em março. Do total, 34,9% afirmam que estão comprometidos com dívidas por mais de um ano, 20,3% com compromissos de três a seis meses e 23,7% por dívidas de menos de três meses. Entre os casos mais sérios, 15,7% comprometeram mais de 50% da renda familiar.
O principal meio utilizado para adquirir essas dívidas continua sendo o cartão de crédito: 70,4% das famílias endividadas têm algum débito devido às compras pagas dessa maneira. A participação dos carnês ficou em 20,1% em abril. A terceira forma mais comum de endividamento é o crédito pessoal, com 11,5%.
Inadimplentes
Além da redução no total de famílias endividadas, a pesquisa registrou retração no número de famílias com contas atrasadas. O porcentual de inadimplentes caiu de 17,2% em março para 14,3% neste mês. O índice é o menor para o mês de abril desde 2004, quando a pesquisa teve início.
Do mesmo modo, o total de famílias que acreditam que não terão condição de pagar total ou parcialmente suas dívidas também caiu em abril. Somente 5,1% das famílias pesquisadas se encontram nessa situação.
