Fecha-se o cerco contra a aftosa no Estado

Mais de 900 vacinadores autorizados estão percorrendo todas as propriedades da região sudoeste do Paraná e da área de fronteira do Estado que faz divisa com a Argentina, Paraguai e o Estado de Mato Grosso do Sul, durante a atual campanha de vacinação contra febre aftosa que se encerra no próximo dia 20. Foram cadastrados técnicos, estudantes e moradores dessas regiões para vacinarem os animais.

Esse ?exército? de pessoas indicado pela comunidade local, por meio dos conselhos municipais de sanidade agropecuária (CSA), tem a missão de visitar todas as propriedades e vacinar todos os animais encontrados principalmente nas propriedades que tenham poucos deles. Esse foi o modelo escolhido pela comunidade para atingir a meta de 100% de vacinação contra a aftosa no Paraná, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.

Para Bianchini, nunca se viu uma mobilização tão grande do poder público e da iniciativa privada como está acontecendo nessas regiões do Paraná, onde se concentra a agricultura familiar. Segundo o secretário, isso mostra a força do associativismo entre os agricultores familiares em parceria com o governo estadual, municipal e a iniciativa privada, com o apoio do Ministério da Agricultura, para recuperação do status de área livre de febre aftosa com vacinação.

Estrutura

No sudoeste do Paraná, são 436 vacinadores autorizados que, juntos com os técnicos da secretaria, estão percorrendo mais de 33 mil pequenas propriedades nos 27 municípios da região de Francisco Beltrão. Nessa região, onde se concentram cerca de 1.156 propriedades por município, estão cadastrados 681 mil bovinos, que corresponde a uma média é de 22 animais por área.

Em Pato Branco, são 220 pessoas cadastradas para o trabalho, também junto com os técnicos da secretaria. Nos 15 municípios que integram o núcleo regional existem aproximadamente 376 mil cabeças de gado. O rebanho está distribuído em 12.315 propriedades, o que corresponde a uma média de 821 propriedades por município e 31 cabeças por propriedade.

Os vacinadores visitam as propriedades, equipados com as vacinas acondicionadas em caixas de isopor na temperatura recomendada para imunizar os animais. Com isso, os pequenos produtores não precisam comprar a vacina no comércio, que vende um lote mínimo com 13 vacinas. O produtor usava uma ou duas doses conforme o número de animais na propriedade e o restante perdia a utilidade, daí a falta de interesse por parte de muitos agricultores.

Com a vacinação autorizada na propriedade, o produtor paga na hora somente o número de doses aplicadas e a conta é bem menor do que comprar o lote de vacinas no comércio. ?Qualquer R$ 1,00 de economia faz uma diferença enorme para muito agricultor familiar?, disse Silmar Bührer, diretor do Departamento de Fiscalização e de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Vigilância nas fronteiras

Na região de fronteira, num total de 501 quilômetros entre os municípios de Barracão à Marilena, são 309 técnicos que estão percorrendo todas as propriedades para vacinar os animais contra a aftosa. Esses técnicos são indicados pelo governo do Estado, governos municipais e entidades da iniciativa privada como sindicatos, cooperativas e associações de produtores.

Os técnicos também visitam todas as propriedades para verificar a vacinação. E quando não há comprovação da compra da vacina eles vacinam na hora os animais encontrados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo