O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Nicola Tingas, avalia que o crescimento do crédito puxou a expansão do setor de serviços e contribuiu para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre deste ano.

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O PIB cresceu 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado e 0,8% na comparação com o último trimestre. O segmento de serviços teve destaque, avançando 4,6% sobre o primeiro trimestre de 2006, puxado pelo item intermediação financeira e seguros, que subiu 9,2% na mesma comparação.

"De fato, estamos registrando um crescimento de crédito sustentado e contínuo", afirmou o economista. "Nesse ritmo, o crédito alcançará participação de 34% no PIB no final deste ano, ante cerca de 31% registrados atualmente", complementou

Segundo Tingas, a demanda anual por empréstimos tem apresentado expansão entre 20% e 25% nos últimos anos, dependendo do tipo de carteira. Para ele, o crédito imobiliário deverá ser o setor de mais destaque em 2007. "Isso mostra a melhora da renda da população e uma confiança maior na economia", disse.

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O economista-chefe da Febraban acredita que é a melhora da expectativa geral sobre o País que tem motivado a expansão do PIB neste ano acima das projeções iniciais do mercado. Ele destacou que desde o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem ocorrido uma melhora nas expectativas sobre a economia.

"A queda dos juros ajuda no crescimento do PIB, mas é um fator marginal, pois o que pesa é o conjunto de fatores positivos e o cenário favorável", disse. "O que muda a demanda por crédito é a expectativa", complementou. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) baixou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 12% ao ano.

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