As projeções médias para inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007 registraram elevação de 3,92% para 4,19%, de acordo com pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com economistas de 46 instituições financeiras, e divulgada nesta terça-feira (18). Para 2008, as estimativas foram elevadas de 4,09% para 4,16%.
Os bancos também expandiram as projeções para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que subiram de 5,49%, na pesquisa feita em outubro, para 6,82% no último levantamento, realizado após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Para 2008, a previsão das instituições para este indicador subiu de 4,20% para 4,53%.
PIB
As instituições financeiras também revisaram para cima as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) após o resultado da economia no terceiro trimestre deste ano. A projeção média para o PIB em 2007 subiu de 4,72% para 5,12%. Para o ano que vem, os economistas ouvidos pela Febraban acreditam em um crescimento de 4,58% da economia, acima dos 4 39% apurados na pesquisa anterior.
De acordo com o economista-chefe da Febraban, Nicola Tingas, apesar do aumento da atividade econômica e dos índices inflacionários, não há riscos de uma explosão nos preços. Ele avaliou que nos últimos anos os indicadores de produtividade da economia cresceram muito, o que fez com que o PIB potencial se deslocasse para cima. "Estamos crescendo, cada vez mais, com qualidade", afirmou. Tingas disse ainda que a pressão para a valorização do real deverá continuar em 2008, fator que ajuda a controlar os preços da economia.
Crédito
As operações de crédito dos bancos deverão registrar uma expansão de 21,9% este ano e de 20,3% em 2008, segundo pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com economistas de 43 instituições financeiras. As linhas de financiamento para pessoa física deverão apresentar um aumento de 28% este ano e de 25,7% em 2008, conforme as estimativas.
O aumento do crédito deverá ser acompanhado de uma redução nas taxas de inadimplência (acima de 90 dias). De acordo com a pesquisa, o índice de atrasos nos pagamentos deverá encerrar 2007 em 4,9% e cair para 4,39% ao final do ano próximo ano. A explicação, segundo o economista-chefe da Febraban, Nicola Tingas, é o giro maior das carteiras, que dilui a inadimplência com o aumento no número de operações realizadas e de novos clientes que passaram a acessar o crédito.