Os economistas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacam no seu Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb) desta semana a melhora dos indicadores de inadimplência e de atrasos no mercado de crédito em 2013. Isso, segundo o documento, se deu “pela atuação dos bancos no saneamento das suas carteiras e na concessão de crédito em linhas menos arriscadas, seja pela própria melhora da situação financeira da população, como novos aumentos reais da renda e redução no comprometimento da renda.”

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Nesse sentido, ressalta o documento, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) publicou, na semana passada, o perfil do endividamento das famílias em 2013, que corrobora esse quadro de melhora da situação financeira da população. Em primeiro lugar, houve um aumento do nível geral do endividamento em 2013, com 62,5% das famílias endividadas na média do ano, acima dos 58,3% em 2012 e sendo a maior média anual da série recente da pesquisa.

“Se olharmos os dados mensais, o porcentual das famílias endividadas foi de 62,2% em dezembro de 2013 ante 60,7% em dezembro de 2012, mas está abaixo dos picos da série de 64,3% e 65,2%, de maio de 2013 e julho de 2013, respectivamente”, ressaltam os economistas. Todavia, dizem, vale destacar que o simples aumento do porcentual das famílias endividadas não é uma má notícia, já que a pesquisa capta qualquer tipo de endividamento, desde uma prestação no cartão a um financiamento imobiliário.

“Podemos até notar uma melhora no perfil desse endividamento, com forte aumento na parcela dos que possuem financiamento imobiliário, de 6,1% na média do ano (6,7% em dezembro de 2013, ante 3,2% em 2010). Também o endividamento via crédito consignado teve aumento relevante, para 5,2% das famílias com dívidas, de 3,9% em 2010 e financiamento de veículos, para 12,2% (12,6% em dezembro de 2013), de 10,3% em 2010”.

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De acordo com a Febraban, a linha mais prejudicada foi o crédito pessoal, que era usado por 10,5% das famílias em 2013 (apenas 7,9% em dezembro de 2013), de 11,3% em 2010, e de 13,3% em maio de 2012. Por fim, cresceu também o endividamento via cartão de crédito, atingindo 75,2% na média de 2013 (76,4% em Dezembro de 2013), de 70,9% em 2010.

“Aqui, porém, é preciso observar com ressalvas, na medida em que contempla qualquer tipo de parcelamento no cartão (de qualquer prazo, valor e inclusive sem juros) e não apenas o uso do crédito rotativo”, reportam os economistas. “Portanto, a própria popularização desse instrumento incentiva seu maior uso e o aumento desse tipo de dívida no perfil das famílias”, explicam.

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