O grupo FCA, dono das marcas Fiat e Jeep, manteve sua previsão para o mercado de automóveis no Brasil em 2018, apesar da greve dos caminhoneiros, que afetou as vendas e a produção durante pouco mais de uma semana e pode, segundo analistas, diminuir a confiança de consumidores e empresários para o restante do ano.

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A montadora espera que as vendas de automóveis cheguem a 2,48 milhões de unidades este ano, número que, se alcançado, representaria crescimento de 14% em relação ao resultado do ano passado.

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Segundo presidente do grupo para a América Latina, Antonio Filosa, a projeção não foi revisada para baixo porque o mercado dá sinais de não ter perdido força.

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“Quando o mercado voltou à normalidade, após a greve dos caminhoneiros, o ritmo de vendas diárias começou de forma menor em relação à quinzena anterior à greve, mas agora estamos em um patamar consistente, se consideramos que estamos em um mês de Copa do Mundo, que tira um pouco o interesse do consumidor”, afirmou.

Além disso, o executivo notou que as buscas por carros na internet permanecem “robustas”, indicando que a demanda não caiu por causa da greve. “Se combinarmos essa contingência momentânea causada pela Copa, os dados de mercado e as pesquisas na internet, achamos que as vendas podem chegar a 2,48 milhões de unidades, numa projeção realista”, disse.

Para a Argentina, no entanto, Filosa acredita que a recente crise cambial vai reduzir um pouco a demanda. Antes, a projeção era de 1 milhão de carros vendidos em 2018. Segundo ele, esse número deve cair entre 50 mil e 100 mil unidades. “E a maior parte dessa queda será de carros importados do Brasil”, afirmou.