O Ministério da Fazenda ratificou a previsão do Banco Central (BC) de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve subir para 4,4% neste ano e ficará abaixo da meta de 4,5%. De acordo com o ministério, a tendência é de que a inflação continue ao longo de 2012 em sua trajetória de desaceleração no acumulado em 12 meses, iniciada em outubro do ano passado.

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O boletim Economia Brasileira em Perspectiva, edição em inglês de março/abril deste ano, ressalta que no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) o mais provável é que a inflação ao consumidor diminua no decorrer do ano, o que contará também com o apoio dos bens duráveis, cujos preços devem permanecer estáveis nos próximos oito meses.

Na avaliação do Ministério da Fazenda, o ciclo de redução de juros iniciado pelo BC em agosto deve fortalecer as operações de crédito em 2012. Segundo o documento isso deve ocorrer sobretudo devido à diminuição do patamar da Selic e ao aumento da geração de empregos formais no País. Esses dois fatos irão colaborar para a expansão da concessão de empréstimos neste ano, em especial no segundo semestre.

Segundo o Ministério, a taxa de juro real atingiu 3,44% em março deste ano pelo critério ex-ante, que leva em consideração a projeção da inflação 12 meses à frente e a taxa do swap-pré de 360 dias. Ele ressalta que há espaço para a queda dos spreads das operações financeiras para consumidores e empresas.

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“O spread bancário para indivíduos, embora continue elevado em comparação a outras economias, atinge níveis mais baixos da história”, destaca o texto, numa tradução livre. Segundo o documento, os spreads para consumidores atingiram 35,8% em fevereiro deste ano. “Devido ao ciclo de redução de taxas de juros (pelo BC) e algum relaxamento de medidas macroprudenciais anunciadas em novembro de 2011, é esperada a continuidade da redução dos spreads ao longo de 2012”, informa o documento.