Os sinais de recuperação econômica ainda não chegaram à indústria brasileira, que amargou no primeiro semestre queda nos principais indicadores econômicos do setor, como faturamento, emprego, número de horas trabalhadas e massa salarial.

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De acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 1º, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento real (já descontada a inflação) recuou 5,9% de janeiro a junho, na comparação com o primeiro semestre de 2016. O uso da capacidade instalada passou de 77,4% em junho de 2016 para 77,1% no mesmo mês deste ano (era 77,9% em maio).

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No mesmo período, o emprego caiu 3,9%, enquanto o total de horas trabalhadas ficou 3,3% abaixo do número registrado no ano anterior. Isso teve reflexo na massa salarial real, que caiu 3,5%. Já o rendimento médio real subiu 0,5% no primeiro semestre.

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“A indústria segue em um período de transição. Embora o prolongado período de queda da atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação”, avalia a entidade.

No mês de junho, os indicadores também apresentaram desempenho negativo na comparação com o mês anterior, com exceção da massa salarial real, que subiu 0,7%, e do rendimento médio real, que aumentou 1,6%. Naquele mês, o faturamento real caiu 2,4%, enquanto o emprego apresentou leve recuo de 0,2%. Já o número de horas trabalhadas recuou 1,3%.

Em relação a junho de 2016, as quedas são ainda mais acentuadas. O faturamento recuou 5,1% no período, enquanto o emprego caiu 3,9% e as horas trabalhadas, 3,5%. Nessa comparação, houve aumento na massa salarial de 1%, enquanto o rendimento médio real subiu 4,1%.