Empresas do setor industrial terminaram o ano de 2016 com queda de dois dígitos no faturamento. Dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, 30, mostram que o faturamento real do setor caiu 12,1% no acumulado do ano passado na comparação com 2015. No relatório de Indicadores Industriais, a CNI diz que “2016 foi um ano de muitas dificuldades” e os números “mostraram expressivas quedas na comparação com 2015”.

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Segundo o relatório apresentado nesta tarde à imprensa, o ano passado terminou com queda de 7,6% nas horas trabalhadas na produção e retração de 7,5% no emprego industrial. A massa salarial caiu com ainda mais força e recuou 8,6% no acumulado do ano na comparação com 2015.

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O documento da CNI mostrou ainda que o rendimento médio real caiu 1,2% no ano e registrou recuo de iguais 1,2% em dezembro na comparação com novembro na série com ajuste sazonal. Sem ajuste, o número perdeu 3,8% no último mês do ano passado.

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Emprego

A indústria emitiu sinais marginais de recuperação em dezembro de 2016. Dados apresentados pela CNI mostram ligeira reação dos indicadores de horas trabalhadas, emprego e faturamento real em dezembro na comparação com novembro de 2016. O emprego subiu pela primeira vez após 23 meses seguidos de queda, segundo o relatório dos Indicadores Industriais produzido pela entidade industrial.

Segundo a série dessazonalizada da CNI, a melhor reação foi vista nas horas trabalhadas na produção, indicador que teve alta de 1% em dezembro ante novembro. Essa foi a segunda elevação mensal seguida desse índice. O emprego também apresentou ligeira reação em dezembro, com alta de 0,2% ante o mês anterior no primeiro aumento após 23 meses de piora.

Mesmo com essa ligeira reação do emprego, a massa salarial real continua em queda e registrou retração de 1,6% na mesma base de comparação. O relatório da CNI informa ainda que o faturamento real da indústria também subiu ligeiramente 0,1% ante o mês anterior.

Apesar da ligeira reação vista nos indicadores de dezembro, os números continuam bastante negativos quando comparados com igual mês do ano de 2015. No faturamento real, há queda de 4,8%. O emprego acumula perda de 5% ante dezembro de 2015, enquanto houve recuo de 8,7% na massa salarial e queda de 1,1% nas horas trabalhadas.