Faturamento das empresas cresce 7,2% no 1.º semestre

O faturamento líquido das empresas cresceu 7,2% no primeiro semestre de 2007 ante o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. A informação é do Estudo de Empresas Serasa.

A instituição afirma que o bom desempenho foi proporcionado pelo crescimento da demanda interna, sustentada pelo aumento da massa real de rendimentos, pela expansão do crédito e dos prazos de financiamento e pela redução das taxas de juros.

Dentre os setores analisados (indústria, comércio e serviços), a indústria registrou o melhor desempenho nas vendas líquidas no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período do ano passado. Segundo a pesquisa, este setor cresceu 10,3%, devido à recuperação do agribusiness, aliado à expansão da economia mundial e à alta dos preços das principais commodities. Esses fatores, de acordo com a Serasa, contribuíram para um aumento das exportações. "Deve-se considerar, ainda, o menor nível de atividade no mesmo período de 2006", ressaltaram os analistas da instituição.

As vendas do comércio avançaram 6,4%, na mesma base de comparação, impulsionadas pelo incremento nas vendas de bens de consumo duráveis, especialmente os veículos e motos. Segundo a Serasa, os segmentos de tecidos, vestuários e calçados, estimulados pelo inverno mais rigoroso, também contribuíram para o bom comportamento do setor.

Já os serviços, de acordo com a pesquisa, tiveram um incremento de 4,8% no faturamento nos primeiros seis meses do ano ante o primeiro semestre de 2006. A Serasa destaca o segmento de telefonia celular como o principal protagonista do bom resultado no setor. A pesquisa ressalta, ainda, o bom cenário do crédito imobiliário. Com prazos mais longos de financiamento e reduções das taxas de juros, aliado à estabilidade econômica, a construção civil contribuiu para o avanço das vendas nos serviços.

Apesar de a indústria apresentar melhor desempenho, no período acumulado de 2000 a 2006 o comércio garantiu a liderança, com evolução acumulada de 40,9%, frente a 29,4% da indústria e 23,3% do serviço. "A liderança vem se consolidando pela manutenção das principais determinantes como aumento da massa salarial e do crédito", afirmaram os analistas.

O estudo foi realizado com uma amostra de 9.700 balanços, sendo 3.200 de empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços.

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