A indústria eletroeletrônica deverá crescer em 2019 na esteira da melhora da economia como um todo. Segundo 82% dos participantes de uma sondagem feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e divulgada nesta sexta-feira, 7, pela entidade, o setor deverá ser contemplado com aumentos de vendas e encomendas em 2019. Segundo a Abinee, o crescimento esperado no faturamento é de 8%.
“Com a melhora da economia, o setor eletroeletrônico poderá mostrar um crescimento mais robusto em 2019”, destaca o presidente da Abinee, Humberto Barbato. De acordo com ele, o índice de confiança das empresas do setor, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e agregado pela Abinee, atingiu 65,2 pontos em novembro de 2018, maior nível dos últimos oito anos.
As expectativas do consumidor, também divulgadas pela CNI, alcançaram o melhor resultado dos últimos quatro anos em outubro. “Portanto, para 2019, espera-se crescimento de 8% no faturamento do setor eletroeletrônico, que alcançará R$ 157,3 bilhões”, detalha Barbato.
Também é prevista elevação de 7% na produção, e consequentemente, aumento da mão de obra empregada no setor, que passará de 236 mil no final de 2018, para 240 mil no final de 2019.
O sentimento de melhora do setor toma como base os indicadores econômicos para 2019 que, conforme Boletim Focus do Banco Central, deverão se apresentar melhores do que em 2018. No documento do BC, a mediana das expectativas dos agentes do mercado financeiro em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) aponta para uma expansão de 2,5% enquanto que para este ano está em 1,32%. A inflação projetada para o próximo ano está em torno de 4,2%. A taxa Selic, de acordo com a Focus, inicia o próximo ano em 6,5% e termina em 8% ao ano.
Para as exportações, a expectativa da Abinee aponta uma expansão de 3% enquanto as importações poderão aumentar 9%, sendo neste último caso em função da própria ampliação do mercado.
Quanto ao desempenho das áreas que compõem o setor eletroeletrônico, as taxas de incremento deverão variar de 5%, no caso de Material Elétricos de Instalação e Componentes Elétricos e Eletrônicos, até 10% para os segmentos de Automação Industrial e Utilidades Domésticas. No que se refere à área de Material Elétrico de Instalação, espera-se recuperação da indústria da construção civil, e no caso de Automação Industrial, existem expectativas favoráveis para investimentos na modernização do parque industrial do País.