Fatos políticos tranqüilizam o mercado

São Paulo ( AG) – O mercado de câmbio teve uma quinta-feira de bom humor, que acabou resultando na maior queda do dólar em mais de um mês. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,404 na compra e R$ 2,406 na venda, na mínima do dia, com queda de 1,19%. Os títulos da dívida externa se valorizaram e o risco-país brasileiro caiu 1,67%, para 411 pontos centesimais. A Bovespa fechou em alta de 1,06%.

Dois fatores – um político e um econômico – estiveram entre os motivos da maior tranqüilidade dos investidores. Do lado político, agradou o fato de o governo ter conseguido a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Além disso, os investidores vêem com bons olhos a possibilidade de uma reforma ministerial, encabeçada por uma eventual saída do ministro da Casa Civil, José Dirceu.

O fim do ciclo de aumentos dos juros básicos da economia foi outro fator positivo no dia. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter inalterada a taxa Selic já era esperada, mas provocou efeitos positivos em todos os mercados. Nas apostas do mercado, a queda da taxa básica pode começar a acontecer a partir de setembro.

?Eu diria que o cenário político foi mais importante para o mercado de câmbio, já que a decisão dos juros ficou dentro do esperado. Aumentou a sensação de que o governo vai conseguir contornar a crise política?, disse Shiguemi Fujisaki, gerente de câmbio da corretora Socopa.

O mercado futuro de juros teve uma quinta-feira de ajustes, como acontece após cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado já estava quase todo posicionado para a manutenção da taxa Selic em 19,75% ao ano, interrompendo um ciclo de nove altas consecutivas. Os ajustes ganharam mais força com a divulgação do IGP-10 de junho, que apontou deflação de 0,41%, acima do esperado pelos analistas.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de agosto fechou com taxa de 19,73% ao ano, contra 19,78% do fechamento de quarta-feira. O vencimento de outubro fechou com 19,67% anuais, frente aos 19,73% anteriores. A taxa do DI de janeiro de 2006 terminou o dia a 19,22%, contra 19,29% da quarta-feira.

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