O Banco Central afirmou no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, 24, que fatores contribuem para que a depreciação do real não impacte muito nos preços livres. A instituição lista como esses fatores a perda de dinamismo da atividade interna, a menor variação da taxa de câmbio efetiva em relação à da taxa R$/US$, a tendência declinante dos preços internacionais das commodities e a postura mais restritiva da política monetária.
Segundo o documento, a taxa de câmbio não mostra sinais de reversão, conforme mostram expectativas de mercado. O BC, no entanto, ponderou que a depreciação do real frente o dólar não registrou impacto inflacionário acentuado. A instituição, preocupada com a alta da divisa norte-americana e a repercussão desse movimento, criou um Box para comparar ciclos de desinflação.
O objetivo desse estudo é comparar o momento atual com o que ocorreu entre 2002 e 2004. O BC, neste trecho, diz que depois de o dólar atingir seu pico, como naquele período, o custo de vida deve ceder.
Naquela época, houve um ciclo de desinflação de 10 pontos porcentuais nos quatro trimestres seguintes ao pico. Em um outro estudo, o BC revisou seu modelo estrutural de médio porte, o Samba.
