Para o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o fatiamento da proposta de reforma da Previdência não permite ao governo combater o problema do aumento dos gastos públicos a ser enfrentado. A possibilidade de fatiamento foi mencionada recentemente pelo próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro.

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“Evidentemente que cabe ao próximo governo conduzir o tema”, ponderou Guardia, que defende a aprovação da reforma previdenciária tal como se encontra no Congresso. O ministro concedeu na manhã desta terça-feira entrevista à rádio CBN.

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Segundo Guardia, não há alternativa ao ajuste das contas públicas e isso passa necessariamente pela reforma da Previdência uma vez que as despesas com aposentadorias e pensões não param de crescer.

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“Temos que enfrentar o gasto previdenciário, que não para de crescer”, destacou ele, avaliando que a reforma que está no Congresso passa a ideia de um ajuste crível e que ajudará a acelerar crescimento econômico. De acordo com o ministro, o cenário com a reforma é o de um país que vai crescer mais e de forma sustentável.

“Sem a reforma, a pergunta é: que impostos vamos aumentar para resolver o fiscal?”, questionou Guardia.

Em relação ao seu futuro a partir de janeiro de 2019, o ministro respondeu que terá que cumprir uma quarentena de seis meses e terá seis meses para pensar no que fazer. “Vou ler bastante”, afirmou.