O subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou hoje que a participação dos títulos prefixados no total da dívida em 2010 é o maior da história, levando-se em conta dados produzidos pelo governo desde 1990. Segundo o Tesouro, o porcentual de prefixados na dívida pública atingiu 36,6% do total.

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O secretário do Tesouro, Arno Augustin, salientou que o resultado da dívida pública de 2010 é muito forte e que as condições macroeconômicas brasileiras são positivas. “Os números são muito fortes”, disse. Segundo ele, o resultado é fruto da continuidade do trabalho feito pelo governo há anos. Mesmo assim, o secretário enfatizou que o Brasil retornou a um momento de normalidade, após os efeitos da crise financeira internacional. “Os números são bons, mas são continuidade de curva positiva”, observou.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF), segundo divulgou mais cedo o Tesouro Nacional, fechou o ano de 2010 em R$ 1,694 trilhão, ficando dentro da banda prevista para o período. O valor mínimo da banda era de R$ 1,6 trilhão e o máximo, de R$ 1,730 trilhão.

Parcela a vencer

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Valle avaliou ainda como “positiva” a notícia de que a parcela a vencer em 12 meses da DPF ter fechado 2010 fora da banda mínima prevista no Plano Anual de Financiamento (PAF) para o ano passado. Segundo os dados do Tesouro, a parcela a vencer em 12 meses fechou em 23,9%, enquanto a banda mínima era de 24% e a máxima de 28%. Para esse indicador da dívida pública, quanto menor o porcentual, melhor para o perfil da dívida, já que o endividamento de curto prazo está caindo.

Embora o prazo médio da dívida pública tenha fechado 2010 estável em 3,5 anos, o mesmo verificado em 2009, Valle destacou como positivo o fato de ter aumentado a parcela de prefixados no total da dívida. Ou seja, o governo está conseguindo o alongamento, mas com o aumento dos prefixados, considerados títulos melhores para o perfil da dívida.

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