Se o seu objetivo é sair da faculdade com o emprego garantido, pode pensar seriamente em cursar Farmácia e Bioquímica. Pelo menos é o que dizem os profissionais da área. Segundo eles, a profissão está em alta, e as áreas de atuação vêm crescendo a cada dia.

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Até mesmo o problema de que na década de 80 as farmácias burlavam a legislação e não mantinham farmacêuticos responsáveis no seu quadro vem mudando: segundo o Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), 95% dos cerca de sete mil estabelecimentos do estado já possuem o profissional. Nos anos 80, eram apenas 3%.

A fiscalização é realizada pelo CRF. A Lei 5.991, de 1973, prevê que todos os estabelecimentos que lidam com remédios têm que ter farmacêutico responsável. Segundo o presidente do órgão, Paulo Roberto Ribeiro Diniz, se não houvesse fiscalização haveria muito profissional fora do mercado.

“Fiscalização é sinônimo de empregabilidade. Sem falar na segurança do consumidor, pois o farmacêutico é o único profissional que está apto a tirar qualquer dúvida sobre medicamentos”, ressalta. Diniz lembra que todos os municípios do Paraná possuem o profissional.

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Hoje, o farmacêutico não fica mais apenas atrás de um balcão de farmácia. A área expandiu muitos nos últimos anos com os laboratórios de análises clínicas e toxicologia, com os hospitais – que também têm o profissional em seus quadros funcionais – e até com as distribuidoras de medicamentos, que já contratam o farmacêutico.

O farmacêutico também faz muitas pesquisas. As farmácias de manipulação, que cresceram nos últimos anos, são hoje outra grande oportunidade para o profissional da área.

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A farmacêutica Carla Monteiro da Rosa trabalha em uma delas. Ela conta que assim que saiu da Especialização já conseguiu emprego. “Hoje eu não conheço ninguém da minha área que esteja desempregado. Esses dias estávamos procurando um profissional e não conseguimos achar”, comenta.

Dificuldades

Mas como nem tudo são flores, assim como todas as profissões, a área de farmácia também apresenta seus percalços. Diniz explica que já se avançou muito no respeito e na valorização do profissional, mas ainda há muito o que se fazer.

Segundo ele, a luta atual do CRF é para que todas as unidades de saúde possuam farmacêuticos. Carla diz que um dos grandes problemas da profissão, como em várias, é o piso salarial, que é de R$ 1.593.

“Acho que a profissão é pouco remunerada em relação ao que você gasta na faculdade”, reclama ela, que estudou na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Críticas e sugestões podem ser enviadas para economia@oestadodoparana.com.br