O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta quinta-feira, 7, caiu pelo quarto mês consecutivo em julho, principalmente por causa de uma acentuada queda nos preços internacionais do milho, trigo e algumas oleaginosas, refletindo ampla oferta dessas commodities.

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Com base nos preços de uma cesta de commodities agrícolas, o índice da FAO registrou em julho média de 203,9 pontos, 4,4 pontos abaixo do nível revisto em junho passado (208,3 pontos, ou menos 2,1%) e 3,6 pontos inferior ao de julho de 2013 (207,5 pontos, ou menos 1,7%).

A economista sênior da FAO, Concepción Calpe, informa, por meio de comunicado, que a queda persistente dos preços dos alimentos desde março reflete melhores expectativas de oferta nas temporadas atuais e futuras, especialmente para cereais e óleos, facilitando a recomposição dos estoques mundiais.

No caso do óleo de soja, as cotações caíram principalmente em resposta à perspectiva de uma grande colheita nos Estados Unidos, bem como uma oferta abundante na América do Sul.

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Em contrapartida, os preços da carne subiram pelo quinto mês consecutivo em julho. Segundo Concepción, muitos países exportadores de carne estão em fase de recomposição dos rebanhos, limitando a disponibilidade do produto para exportação, sustentando preços. Com relação aos produtos lácteos, a FAO considera que nota-se abundantes fontes globais de fornecedores, enquanto a demanda é vacilante.

Segundo a FAO, as cotações do açúcar mantiveram-se firmes no mês passado. Os preços internacionais do produto têm se mostrado relativamente voláteis ao longo dos últimos três meses, em meio à incerteza sobre o impacto de uma seca nos canaviais do Brasil, o maior produtor e exportador mundial. Além disso, as indicações de chuvas de monções abaixo da média na Índia, o segundo maior produtor mundial de açúcar, sugerem possibilidade de frustração de safra.

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