A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou nesta sexta-feira, 6, que 7.726.488 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um aumento de 66.838 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 28 de novembro.
Os dados da FAO foram atualizados até a quinta-feira, 5. Os números da organização divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os dados divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve, principalmente, ao número de suínos descartados nas Filipinas que passou de 70 mil para 136,77 mil animais eliminados. No país, desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, 24 focos em nove províncias e em uma cidade foram identificados.
A FAO informou ainda que 14 novos focos da doença foram detectados na Coreia do Sul. Com a atualização, a FAO estima 626 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 612 do relatório anterior. Na Coreia do Sul, o número de casos detectados passou para 58 com mais 68 animais descartados. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que, desde que a doença foi notificada, em 17 de setembro, três cidades foram atingidas pela epidemia e 450 mil eliminados.
Nos demais países afetados, China, Vietnã, Coreia do Norte, Mongólia, Camboja, Mianmar, Laos e Timor Leste, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 169 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença 1,193 milhão de animais foram eliminados.
O Vietnã tem a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário com 5,9 milhões de suínos eliminados. Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, a epidemia atingiu 63 províncias desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
No Laos, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 165 focos foram relatados em 18 províncias e 39 mil animais foram eliminados. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,115 mil animais, mais de 10% do plantel do país. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário de 163 animais. No Timor Leste, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 100 focos foram identificados e 405 animais, sacrificados.