Faltam profissionais para trabalhar como motoboy

Sobram vagas e faltam profissionais qualificados para ocupar vagas de motoboys em Curitiba. Não conhecer as ruas da cidade é o principal motivo para o não preenchimento das mais de 70 vagas em 16 empresas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos, Motonetas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramotos).

De acordo com o presidente do Sintramotos, Tito Mori, o número de vagas pode crescer ainda mais neste mês, já que com a proximidade do Natal aumentam as entregas de presentes. “A procura pelo emprego de motoboy cresceu 35% neste fim de ano e o crescimento real da categoria deve chegar a 16%”, afirma Mori.

No entanto, as vagas permanecem em aberto pela falta de preparo da maioria dos candidatos. “Nos testes feitos no próprio sindicato ou no treinamento da empresa já é possível ver a falta de conhecimento das ruas pelos candidatos”, aponta. Segundo o sindicato, a renda média de um motoboy gira em torno de R$ 600.

No início de 2009 o sindicato pretende ofertar aos motoboys cursos sobre guias de ruas. “Conhecendo os locais e as técnicas de entrega, o motoboy não precisa andar correndo, já que o atraso e a pressa são hoje causas de muitos acidentes”, reconhece Nori.

O candidato interessado a uma vaga de motoboy pode se dirigir ao balcão de empregos no Sintramotos, que faz o encaminhamento às empresas. O endereço é Rua Professora Hilda Hanke Gonçalves, 957, Santa Helena, Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Os telefones para contato são (41) 3023-8604 e 3014-8604.

Regulamentação

A partir do ano que vem, o Sintramotos espera a entrada em vigor do projeto Motofrete, sancionado pelo prefeito Beto Richa (PSDB) em julho. Com cadastro na Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), os motoboys passarão por curso de direção defensiva no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) e deverão ter no mínimo dois anos de carteira de habilitação. “O projeto vale para todas as empresas que prestam serviços com motos, seja de gás, água, pizzaria ou outras”, diz Mori.

O Motofrete foi pensado depois que o Sintramotos começou a receber uma grande quantidade de reclamações sobre o comportamento dos motoboys no trânsito. “É uma medida de segurança. Com a identificação, os motoristas poderão saber quais são os motoboys profissionais no trânsito”, explica.

A Urbs confirmou que vai montar a infra-estrutura para manter o cadastro dos motoboys que trabalham em Curitiba, similar ao empregado para as vans escolares.

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