Em 2008, Curitiba manteve a sexta posição entre as cidades que mais empregam profissionais na área de Tecnologia da Informação no País. De acordo com a Agência Curitiba de Desenvolvimento, a capital fechou o ano com 22.119 mil vagas preenchidas, um crescimento de 15% na comparação com 2007, quando haviam 19.313 trabalhadores dessa área na ativa.
A posição de destaque, no entanto, contrasta com a informação de que faltam profissionais capacitados para atender o número de vagas que acompanham o crescimento do setor na capital.
A evolução desses empregos, entre 2006 e 2007, já havia sido de 12%, contra 7% de média nacional no mesmo período. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia a Informação (Assespro), entre 2006 e 2008, o Paraná criou mais de 12 mil vagas na área de TI.
O órgão estima que, dependendo de como deverá se comportar a demanda internacional, o setor deverá criar cerca de 30 mil novas vagas em todo o País até 2010.
“Nossa preocupação é que talvez não haja demanda suficiente de profissionais qualificados para atender a todo esse crescimento”, afirma o vice presidente da Assespro, Luiz Mário Luchetta.
Segundo Luchetta, atualmente as empresas já encontram dificuldade para encontrar profissionais com um determinado perfil. Segundo ele, a maioria das empresas requerem pessoas especializadas e que dominem mais de um idioma. “Hoje as empresas precisam investir seis meses de treinamento para que um recém formado se encaixe no perfil exigido”, diz.
Segundo o diretor presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Juraci Barbosa Sobrinho, nos próximos anos, multinacionais devem desembarcar na capital, fazendo aumentar ainda mais o número de oportunidades para quem pretende atuar na área. Segundo ele, as corporações deveram procurar diminuir custos em países onde a mão de obra significa, relativamente, economia para as empresas.
“É uma janela que se abre no mundo na área de tecnologia, mais precisamente na área de TI. Por isso é preciso agir rapidamente capacitando e preparando profissionais para que a cidade possa se aproveitar dessa janela”, afirma.
Para Barbosa, as instituições precisam fazer uma releitura do ensino básico com a qualificação de matérias que ensinem de fato um idioma estrangeiro. Para ele, a grade curricular da maior parte das instituições de ensino superior ficou obsoleta.
“Hoje já é possível sentir que as academias já estão redirecionando as grades para atender ao mercado, que também está buscando qualificar os profissionais recém-chegados com cursos de extensão, cursos integrados de qualificação específica”, conta.