Faltam profissionais especializados na área de TI

Desenvolver sistemas de acordo com a necessidade de seus clientes. Esse é o desafio diário de quem trabalha com Tecnologia da Informação (TI), área voltada para profissionais ligados à área de informática.

O curitibano Hélio Galvão Ciffoni, que atua há 25 anos na área e possui uma empresa na cidade de Tóquio, no Japão, explica um pouco sobre o perfil de quem trabalha nesse ramo.

“A Tecnologia da Informação englobas as pessoas que se graduam em Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Sistemas de Informação e também pessoas autodidatas. É uma área de futuro, pois tanto no Brasil como em países ricos, como Japão e Estados Unidos, esse tipo de profissional é sempre requisitado”, comenta.

Até julho desse ano, mais de 1.300 vagas em TI foram criadas só em Curitiba. Estima-se que sejam criados até 2010, 15 mil empregos na capital paranaense. Há cerca de 500 empresas de TI no Paraná e a quantidade de investimentos em capacitação no Brasil é de US$ 3 bilhões.

Segundo Ciffoni, há boas ofertas de vagas, mas elas não são preenchidas porque faltam profissionais mais especializados nessa área. “Assim como em qualquer profissão, a pessoa que trabalha com TI precisa sempre estar antenada e se especializando. Curitiba forma muitas pessoas, mas faltam especialistas. Então, há a necessidade de procurar por cursos de pós-graduação ou de alguma linguagem de computação, como Java e Oracle, por exemplo. Caso contrário, certamente ficará para trás”, diz.

Outro fator primordial para se estabelecer com profissional de TI é a procura por uma outra língua. Para Ciffoni, ter inglês fluente é o mínimo que se espera para poder trabalhar nesse ramo. “Mesmo que a pessoa não vá trabalhar fora do Brasil, inglês é sempre necessário”, afirma.

Ciffoni revela que uma área da TI que deve crescer é a de testar softwares (programas de computador). “É um campo muito promissor. Uma empresa lá nos Estados Unidos manda um programa que pretende lançar no mercado. O profissional vai verificar se ele funciona bem, se o produto é de qualidade. Só que as pessoas torcem um pouco o nariz quando falo nessa área, pois acreditam que não é um mercado que valoriza o profissional, quando é justamente o contrário”.

Outro mercado próspero é o de Implantador de Sistema ERP (Enterprise Ressource Planning, em inglês, ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial). “Quem trabalha com isso está no topo da pirâmide, como costumo dizer”, explica.

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