Falta de trigo já preocupa importadores do Brasil

Os empresários do ramo de massas e biscoitos estão preocupados com a alta no valor do trigo, que já chega a 30%.

Os problemas se devem não só às dificuldades de importação do produto da Argentina, mas também a outros fatores, como o aumento do consumo nos últimos anos, o que pode inclusive provocar a falta do produto no País.

E não são só os empresários que estão tendo dor de cabeça com a situação: os consumidores já estão sentindo no bolso as conseqüências da alta do trigo quando compram pão, macarrão, biscoito, bolo, entre outros derivados.

O Grupo M. Dias Branco, que engloba as marcas Isabela, Adria, Zabet e Basilar, já está tendo que repassar o acréscimo para o consumidor. Segundo o gerente de marketing da empresa, Luiz Caseiro, em março os produtos ficaram 8% mais caros e em abril também terão que ser reajustados no mesmo patamar. ?E ainda não estamos repassando o total da necessidade da empresa?, afirmou. Já o supervisor de vendas da Tip Top, Wilson Amâncio, diz que a empresa ainda não repassou ao supermercados o impacto da alta do trigo, mas não sabe até quando vai conseguir ?segurar?.

As duas empresas participam da 28.ª Mercosuper, a Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, que acontece em Curitiba até hoje. O setor de lácteos, por sua vez, não está tendo problemas nesse início de ano. Mas no final de 2008, as empresas foram abaladas por conta da adulteração do leite, em Minas Gerais, que resultou na operação Ouro Branco, da Receita Federal. O gerente de Marketing da Líder Alimentos, Aleksandro Siqueira, lembra que o impacto negativo da operação se estendeu até fevereiro deste ano, mas em março tudo mudou.

Inovações

A 28.ª Mercosuper trouxe algumas novidades este ano. Uma delas é uma máquina com capacidade para produzir 7.500 pãezinhos por hora. Outra curiosidade é a cesta e o carrinho de compras cromados. De acordo com o gerente de produto da Hexport Equipamentos, eles duram de cinco a dez anos, enquanto que os outros, de zinco, têm que receber manutenção uma vez por ano. O produto cromado é 30% mais caro do que o de zinco.

A preocupação com o meio ambiente também aparece na Mercosuper este ano. A chamada Ecobag, cujo preço de custo é R$ 18, tem capacidade para 60 litros, equivale a 15 plásticas. A sacola não é jogada no meio ambiente e, portanto, não gera passíveis ambientais. 

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