A falta de confiança nas políticas do governo é o principal entrave ao crescimento econômico no Brasil, segundo economistas ouvidos pela Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Outros fatores citados foram, nesta ordem, o déficit público, o desemprego e a falta de competitividade internacional.
Os dados são da Sondagem da América Latina, anunciada há pouco pelas instituições, e se referem ao período de três meses até abril. Apesar dos apontamentos de economistas, o Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil melhorou de 47 pontos no trimestre encerrado em janeiro para 55 pontos no trimestre encerrado em abril. O desempenho foi determinado exclusivamente pelas expectativas, que passaram de 74 pontos para 90 pontos. A situação atual ficou estável no piso da pesquisa, aos 20 pontos.
A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região.
Para a edição até abril de 2016, foram consultados 1078 especialistas econômicos em 116 países, dos quais 127 da América Latina. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.