Lago da usina de Itaipu cheio
garante abastecimento.

Brasília  – Apesar da seca ao longo do mês de outubro, não há risco de desabastecimento de energia, garante o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos. Ele disse ontem que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com boa capacidade de armazenamento. No Sudeste e no Centro-Oeste, o nível está em 47,5%, cerca de 25 pontos percentuais acima do ano passado. O nível das barragens no Nordeste está em 27,5%, o que representa 20% acima do mínimo a que eles podem chegar.

Embora possa estar havendo risco de abastecimento de água, os grandes reservatórios estão com nível 20% acima da curva de aversão (curva traçada pelo governo que estabelece o nível mínimo que os reservatórios podem atingir) – disse Mário Santos. Este mês, a afluência (água que chega aos reservatórios) no Sudeste e Centro-Oeste está em 69% da média histórica. Porém, de janeiro até anteontem, a afluência chegou a 93%. No Nordeste, a vazão este mês está em 72%

Um aumento da temperatura em 10 graus do início do mês de outubro até agora fez com que o consumo de energia aumentasse significativamente: foram consumidos 1.200 megwatts (MW) médios a mais no Sudeste e no Centro-Oeste. Outubro foi o mês de maior consumo nessas regiões desde que acabou o racionamento de energia, em 28 de fevereiro deste ano.

O consumo nas duas regiões este mês foi 1,85% menor do que o previsto pelo governo, que já incluía uma redução de 7% na demanda por causa dos hábitos adquiridos pela população durante o racionamento de energia. No Nordeste, o consumo está 3,29% menor do que o previsto.

O presidente do ONS lembrou também que neste ano mais 5 mil MW foram agregados ao sistema de geração de energia. Para o próximo ano, estão previstos mais 5 mil MW. Ele disse que não deverá haver problemas no mês de novembro, que tradicionalmente é um período de transição entre os períodos seco e molhado. Em novembro, segundo Santos, o nível dos reservatórios fica equilibrado ou tem variações pequenas.

Para Mário Santos, se chover acima de 65% da média histórica em 2003 e se forem agragados ao sistema de energia os 5 mil MW previstos, não haverá problemas no fornecimento de energia no próximo ano.

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