Piscicultores da maior região produtora de tilápias do País paralisaram nesta sexta-feira (12) a passagem de carros pela ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná, que liga os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O ato foi uma tentativa de interromper a queda do nível do reservatório de Ilha Solteira, no Rio Paraná, entre os dois Estados, onde estão concentradas 38 fazendas aquáticas que produzem 22 mil toneladas de tilápias (saint peter) por ano.

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Por quatro horas, aproximadamente 200 piscicultores paralisaram o tráfego de veículos por cerca de 2 quilômetros na parte rodoviária dos dois lados da ponte. Apenas ambulâncias e carros de emergência foram liberados. Depois de quatro horas, os manifestantes encerraram o ato. Ao final, os piscicultores conseguiram a promessa de um encontro com representantes da Procuradoria Geral do Estado, da Cesp e da Casa Civil, para discutir a situação.

“Foi uma vitória. Conseguimos chamar a atenção para a situação de prejuízo dos piscicultores”, disse a secretária executiva da Associação dos Piscicultores de Três Fronteiras e Região (Apropesc), Marilsa Fernandes. Segundo ela, a produção de tilápias, que emprega cerca de 5 mil trabalhadores, caiu até 40% neste ano, por conta da falta de água. “Pelo menos cinco grandes fazendas paralisaram as atividades e dispensaram centenas de trabalhadores”, afirmou.

Os piscicultores querem que a geração de energia elétrica seja paralisada pela hidrelétrica de Ilha Solteira. A geração e a estiagem reduziram o nível do reservatório a um ponto que não produz mais oxigênio para sustentar a criação dos peixes nas fazendas, que receberam até incentivos do Governo Federal para serem instaladas. “Os piscicultores tentam mudar os tanques redes de lugar, para regiões mais profundas, mas nem sempre isso é possível ou dá resultado”, disse Marilsa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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