Falta competição nas telecomunicações

Brasília  – A competição no setor de telecomunicações no País ainda é pequena para 57% dos congressistas, e 11% acham que não existe competição efetiva entre as empresas. Somente 26% acreditam que o setor é muito competitivo e oferece tarifas razoáveis e serviços diversificados para o consumidor. Cerca de 6% não responderam. Os dados fazem parte da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep) com 340 deputados e 62 senadores, entre 29 de janeiro e 27 de fevereiro deste ano.

A pesquisa constatou ainda que 61% dos parlamentares acreditam que a venda da Embratel para o consórcio formado por Telemar, Brasil Telecom e Telefônica seria um risco para a livre concorrência no País. No entanto, 48% dos deputados e senadores não conhecem em detalhes o processo de venda da Embratel, e 22% desconheciam que a empresa seria vendida. A venda da Embratel foi anunciada pela MCI, acionista majoritários da empresa, no fim do ano passado.

Durante a semana, analistas davam como próxima a venda da Embratel para o grupo mexicano Telmex, do empresário Carlos Slim. Se concretizado, o negócio pode acabar com a desconfiança dos deputados sobre a concorrência no setor.

Outra pergunta da pesquisa constatou que 66% dos congressistas aprovam os órgãos responsáveis pela proteção da livre concorrência no País: o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Secretaria de Direito Econômico e agências reguladoras. No entanto, eles acham que estas organizações podem ser aperfeiçoadas.

O Ibep concluiu também que, decorridos cinco anos e meio da privatização da Telebrás, 59% dos parlamentares acreditam que a Embratel é muito importante para o País. Os congressistas consideram as outras telefônicas menos importantes. Apenas 36% acham que a Brasil Telecom é importante; 31% têm esta visão da Telemar; 26%, da Telefônica; e 30%, da Intelig. O presidente do Ibep, Walder de Góes, acredita que isso acontece porque a Embratel manteve o nome depois da privatização.

– A imagem de empresa brasileira e estatal não mudou – disse.

A imagem da Embratel é positiva para 53% dos parlamentares, enquanto 35% têm imagem positiva da Brasil Telecom; 24%, da Telemar; 21%, da Telefônica; e 26%, da Intelig.

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