A rede de supermercados Flatel, apresentou
no dia 5 de maio pedido de autofalência.

Não são apenas os consumidores que têm dificuldade para honrar seus pagamentos. As empresas também não conseguem pagar em dia seus débitos. Prova disso é o aumento no volume de falências decretadas. Pesquisa divulgada ontem pela Serasa mostra que foram decretadas 3,2 mil falências de empresas de janeiro a julho deste ano, um aumento de 15,4% em relação ao mesmo período de 2002.

Os pedidos de falências também aumentaram. De janeiro a julho, foram requeridas 10 mil falências, um avanço de 1,7% em relação aos sete primeiros meses de 2002. Na mesma comparação, o volume de concordatas requeridas apresentou aumento de 17,5%, com 376 pedidos. No ano, foram decretadas 272 concordatas, um aumento de 8,8% em relação ao período de janeiro a julho de 2002. Já em julho, houve um recuo de 23,3% nos pedidos de falência e de 9,6% na decretação de falências.

O volume de concordatas requeridas em julho também recuou 1,9% na comparação com o mesmo mês de 2002. O volume de concordatas deferidas aumentou 20% na mesma comparação.

Para a Serasa, os indicadores de insolvência mostram que são as empresas menos capitalizadas – e mais expostas às elevadas taxas de juros – que registram dificuldades no ano. São também elas que não conseguem completar seu ciclo operacional para gerar receitas frente a compromissos assumidos anteriormente.

Inadimplência em queda

A inadimplência medida por protestos registrados nos cartórios contra pessoas físicas recuou em julho. Levantamento divulgado pela Serasa mostra que foram protestados 677 mil títulos em julho. Esse volume representa uma queda de 19,7% na comparação com o mesmo mês de 2002.

No entanto, a Serasa informa que o total de títulos protestados reflete apenas parte da inadimplência dos consumidores, que deve ser analisada por meio de todas as formas existentes de registro de não-pagamento, como cheques, crediário, cartão de crédito, etc.

Nos sete primeiros meses de 2003, a inadimplência, indicada pelo volume de protestos de pessoas físicas e jurídicas, caiu 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram registrados 5 milhões de títulos protestados de janeiro a julho de 2003.

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