O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, saiu hoje de uma reunião na Casa Civil da Presidência da República defendendo a ideia de que a Oi é a empresa mais adequada para fazer a universalização da banda larga no País. “Nós somos quem faz a universalização no Brasil de uma maneira geral. Como esse (banda larga) é um assunto de universalização, em parte, a gente deve estar presente. Se não 60% ou 80%, vamos estar 90%”, disse Falco em rápida entrevista.
A Oi, depois que comprou a Brasil Telecom em 2008, passou a atuar como concessionária de telefonia fixa em praticamente todo o território brasileiro, à exceção do Estado de São Paulo. Ao ser questionado se o governo estava convencido de que a Oi é realmente a operadora ideal para o plano, Falco respondeu: “não é um processo de convencimento. Ninguém está convencendo ninguém. É um processo de levantamento dos ativos para ver como se faz um plano de uma maneira econômica num país como o nosso”.
Ele não quis dar detalhes do que foi discutido na reunião, que durou cerca de três horas. O executivo disse apenas que a Oi veio dar sua colaboração para usar o máximo de infraestrutura disponível no Plano Nacional de Banda Larga. Falco evitou dizer se a Oi foi convidada oficialmente pelo governo para ser a operadora do plano, como circula nos bastidores em Brasília. “Essa é uma decisão do governo”, limitou-se.
Uma maior participação da Oi no programa de massificação da banda larga teria sido sugerida, segundo técnicos que participam das discussões, pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O BNDES é um dos sócios controladores da Oi. Falco disse que a reunião serviu para mostrar como algumas infraestruturas que já existem no Brasil, como as redes da Oi, podem auxiliar “na complementaridade” do plano do governo. “A Oi não faz planos. A Oi só entrega meios e o governo faz o plano”, disse Falco.