Faixa reflexiva traz mais custo ao transporte

Os caminhoneiros do Paraná reclamam do preço que estão pagando pela instalação de faixas reflexivas uma obrigatoriedade desde abril deste ano. A resolução n.º 132, do Conselho Nacional de Trânsito, estabelece um calendário para a instalação do equipamento que tem o objetivo de reduzir acidentes. No mês de dezembro será a vez dos caminhões que tiverem placa com o final 6, que terão que instalar as faixas.

O calendário começou em fevereiro deste ano, para placas com final 1. Placas com final 2, tinham prazo até 30 de abril de 2002. Para os finais 7, 8, 9 e 0 o prazo será o último dia dos meses de fevereiro, abril, junho e agosto de 2003, respectivamente. A frota de caminhões no Estado é de 147.645 veículos, posição em Junho/2002.

De acordo com o coordenador de veículos do Detran-Pr, Cícero Pereira da Silva, os motoristas que não instalarem as faixas reflexivas nos prazos determinados, estarão sujeitos à multa por infração grave, 120 UFIRs e, perdem 5 pontos na carteira de habilitação.

A utilização dessas faixas, visa aumentar a visibilidade durante o dia e a noite, nas rodovias brasileiras, diminuindo o número de acidentes.

A categoria está descontente com mais essa taxa a ser paga. A reclamação dos motoristas que trabalham com o transporte de cargas, está na não obrigatoriedade do uso destas faixas nos ônibus de turismo. “A resolução só prevê a utilização de faixas reflexivas em caminhões”, esclarece Cícero.

Para o Sindicam-PR Sindicado dos Caminhoneiros do Estado do Paraná, a maioria dos caminhoneiros está convencida que a utilização desse equipamento ajuda a diminuir os acidentes. Segundo João Cláudio, contador do sindicato, o que assusta é o preço a ser pago pelos motoristas, para a instalação. “Cada faixa sai em torno de R$ 4,00. Em uma carreta são utilizadas 36 faixas, um total de R$ 144,00”, explica João.

Várias empresas estão oferecendo o serviço na cidade, e o sindicato fiscaliza para ver se não estão aplicando faixas falsas.

Segundo o presidente da Setcpar Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná, Rui Cichella, no início da implantação da medida, no ano passado, apenas uma empresa fornecia o serviço e as faixas saíam em torno de R$ 24,00 a R$ 25,00. “Fomos contra inicialmente, pois não havia concorrência e a empresa colocava o preço que queria. Entramos com um mandado de segurança, contra a resolução e agora várias empresas fornecem o serviço e o preço caiu”, alega Cichella. A importância do equipamento fica clara a partir do momento em que, agora, os veículos saem de fábrica com as faixas já instaladas.

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