As taxas de juros dos programas de financiamento habitacional com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) podem ser reduzidas. O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, pretende enviar para o Conselho Curador do FGTS uma proposta de redução de juros das linhas de financiamento da casa própria.
Pelas regras atuais, o FGTS financia a compra de imóveis novos para famílias com renda máxima de R$ 4.500 por mês. Famílias com renda mensal de até R$ 2.400 também podem utilizar o FGTS no financiamento de imóveis usados.
Para quem ganha até R$ 1.000, a taxa de juro anual é de 6%. Trabalhadores com renda entre R$ 1.000,01 e R$ 3.670 pagam juros de 8,16% ao ano. Para quem ganha mais do que R$ 3.670, a taxa de juros do financiamento é de 10,16% ao ano.
Segundo o Ministério do Trabalho, a redução dos juros pode incentivar a construção civil, um dos setores considerados prioritários para a geração de empregos.
Mão-de-obra
A Caixa Econômica Federal também está estudando modificações nos programas de crédito imobiliário financiados com recursos próprios. O banco pretende financiar a mão-de-obra utilizada na construção ou reforma da casa própria.
Os programas atuais financiam apenas a aquisição, reforma ou ampliação da casa própria, além da compra do material de construção. Não existe nenhuma linha de crédito para financiar a mão-de-obra utilizada na reforma ou ampliação do imóvel.
Para permitir que o material de construção para a reforma do imóvel possa também incentivar a geração de emprego, a Caixa pretende incluir a mão-de-obra em uma das linhas de financiamento.
O mais provável é que esta nova modalidade – que ainda está em estudo na Caixa – seja incluída no Construcard, o mesmo programa que financia a compra de material para construção.
No começo do mês, a Caixa permitiu que o Construcard também fosse utilizado na compra de armários sob medida.
Os valores de financiamento pelo Construcard variam de R$ 1.000 (mínimo) a R$ 180 mil (máximo) a uma taxa de juros mensal de 1,65% mais TR (Taxa Referencial), pelo prazo máximo de 36 meses.
