Para tentar driblar a barreira do custo, que ainda afasta muita gente da microgeração, fabricantes de equipamentos têm trabalhado no desenvolvimento de produtos mais simples. A expectativa é de que, ao longo de 2015, equipamentos de R$ 6 mil cheguem ao mercado. O problema é que, para viabilizar esse preço, as máquinas dependem de um grande volume de instalações concentradas em um mesmo local.

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“São produtos que precisam de mão de obra especializada para serem instalados. A esse preço, fica inviável enviar equipes para todos os cantos do País, em locais distintos. Por isso, são projetos voltados para vendas no atacado”, diz Hewerton Elias Martins, diretor-presidente da Solar Energy, empresa do Paraná que prepara o lançamento desse tipo de equipamento. No alvo dos fabricantes estão projetos de grande porte, como o Minha Casa Minha Vida, que hoje já trabalha com tecnologia solar para aquecimento de água. Outro caminho são grandes condomínios de casas.

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Um levantamento que acaba de ser concluído pelo Instituto Ideal, especializado em estudos sobre fontes renováveis, aponta que o custo dos projetos de microgeração solar no Brasil chega hoje a cerca de R$ 8,69 por watt (pico) gerado, quando em países onde a tecnologia já está mais difundida, como a Alemanha, o preço está na caso de R$ 5,28, se considerado um câmbio de R$ 3 por euro. Quanto maior o projeto, porém, a tendência é de que esse preço caia.

“Temos visto um desempenho positivo. Sabemos que existem dificuldades, até mesmo culturais, e que precisam ser melhoradas. Mas as coisas estão acontecendo”, diz Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal.

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No Brasil, a maior parte do custo desses equipamentos está atrelada aos painéis solares, os chamados módulos fotovoltaicos, que representam quase metade do valor total cobrado para instalação de um sistema conectado à rede. Praticamente todo o equipamento disponível hoje no País é importado da Ásia, seja em peças ou já montado.

O levantamento feito pelo Instituto Ideal mapeou, até setembro, 352 empresas atuando no mercado fotovoltaico voltado para a microgeração no País. A localização dessas empresas e os contatos estão disponíveis no site do instituto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.