As medidas coordenadas pelo governo federal para abrir o mercado nacional de gás natural traz otimismo para o setor, mas é preciso calma porque o processo é demorado, afirmou nesta terça-feira a diretora comercial da Exxon no Brasil, Vania Carvalho.

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“Estamos muito otimistas com a direção que o governo está dando para esse processo, mas temos que ter calma”, afirmou a executiva, em mesa-redonda durante o FT Commodities Americas Summit, promovido pelo jornal Financial Times, no Rio.

Carvalho citou outros casos internacionais de abertura de mercado para exemplificar quão demoradas podem ser as mudanças. No caso da Europa, as medidas de abertura foram tomadas no início dos anos 2000, quando houve problemas com o fornecimento de gás natural pela Rússia, e, até hoje, o processo ainda está em curso, “embora esteja adiantado”. Mesmo nos Estados Unidos, o processo “começou há várias décadas”, disse a executiva.

“O governo vai ter que, nos próximos anos, manter um foco contínuo. Vamos ter mudanças de governo nesse período. A abertura não vai acontecer em dois anos”, afirmou Carvalho, lembrando que o papel de regulador da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será importante.

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