A expectativa de assinatura do acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China, prevista para o próximo dia 15 de janeiro e que já estimula as bolsas internacionais neste primeiro dia útil de 2020, também contagia o Ibovespa. Depois de o principal índice à vista da B3 ter fechado 2019 em alta pelo terceiro ano seguido, a estimativa é de continuidade desse otimismo. Além da expectativa pela oficialização do entendimento comercial sino-americano fase 1, a redução nas taxas de depósito compulsório pelo governo chinês também é outro fator que traz alívio aos negócios.

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O banco central da China cortará a quantidade de dinheiro que os bancos devem ter nas mãos a partir do dia 6, em um esforço para minimizar a desaceleração da economia, liberando cerca de 800 bilhões de yuans (US$ 114,6 bilhões) para fins de empréstimo. Já o presidente dos EUA, Donal Trump, afirmou que assinará este mês um acordo inicial com a China.

As notícias impulsionam as bolsas e ajudam a retomada dos negócios no Brasil, onde as boas perspectivas locais também fornecem lastro aos ativos, estima em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada.

Os níveis elevados das principais bolsas, observa, não intimidam os investidores. “A expectativa de fim da guerra comercial e de estabilização da economia global alimenta o entusiasmo, mas vale salientar que parte das boas notícias já está no preço”, pondera.

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As melhores perspectivas para a economia interna deve manter o quadro positivo para os ativos, avalia o economista da Tendências.

Campos Neto cita o índice de confiança empresarial da Fundação Getulio Vargas (FGV) (FGV), que apresentou nova elevação, “em mais um sinal positivo da confiança na virada do ano”, afirma. Apesar de ter encerrado em queda de e de ter retomado os 115 mil pontos na segunda-feira – último dia de pregão de 2019 da B3 -,o economista considera o ajuste do Ibovespa normal.

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Contudo, as tensões geopolíticas devem ser monitoradas, com situações no Irã, Coreia do Norte e Hong Kong. Além disso, um operador acrescenta a notícia de redução em tarifas pela B3 nesta manhã. A Bolsa brasileira anunciou um novo modelo de tarifação do mercado de ações. Um dos principais impactos se concentrará no pequeno investidor de varejo, conforme nota informativa da B3.

“Com as mudanças, a taxa mensal de manutenção de conta, que hoje chega a cerca de R$ 110 ao ano, será zerada permitindo que as corretoras ampliem a base de clientes pessoa física. A tarifa cobrada na negociação de ações na B3 também cai cerca de 10% para as pessoas físicas em geral”, cita.

Conforme o operador, qualquer redução de tarifa é interessante para o investidor, mas é preciso esperar para ver como as ações reagirão, como isso terá impacto na B3.

Às 10h33 desta quinta, o Ibovespa subia 0,93%, na máxima, aos 116.719,25 pontos.