Exportadores pedem desvalorização

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Porto de Paranaguá: corredor
de exportação.

São Paulo (AG) – Um grupo de mais de 20 entidades empresariais ligadas a setores exportadores lançou ontem um manifesto em que critica a passividade do governo em relação à excessiva valorização do real frente ao dólar e sugere medidas para ajustar o câmbio em patamares que preservem a competitividade da indústria nacional. O documento, apresentado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é assinado por entidades que representam empresas que foram responsáveis por cerca de US$ 40 bilhões em exportações no ano passado.

?A atual conjuntura de fatores determinantes para a formação da taxa cambial no Brasil tem induzido a uma contínua sobrevalorização do real, fato que poderá interromper em breve o processo iniciado em 1999 de redução da vulnerabilidade externa da economia brasileira e de crescimento acelerado e contínuo de nossas exportações?, diz o manifesto dos empresários.

?Mais do que criticar a atuação das autoridades, o objetivo do manifesto é propor medidas práticas para mudar a situação de sobrevalorização cambial, que traz perda de competitividade às empresas, de divisas para o País e coloca em risco milhões de empregos?, disse o presidente da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), Roberto Gianetti da Fonseca.

Entre as medidas práticas propostas pelos empresários estão a volta dos leilões de compra de divisas e de swap reverso no mercado de câmbio interrompidos em meados de março pelo Banco Central, a regulamentação de linhas de crédito pré-embarque (Adiantamentos de Contratos de Câmbio, ACC) em reais e o encurtamento do prazo para 30 dias no máximo dos financiamentos à importação de bens de consumo duráveis e não duráveis.

?O ânimo exportador brasileiro hoje está abalado. Esse viés cambial é grave e o Banco Central não tem feito o suficiente em seu papel?, disse Gianetti da Fonseca, acrescentando que já enviara cópias do documento ao ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

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