O agravamento na crise econômica na Argentina fez as exportações para o país vizinho caírem 39,7% este ano. De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, isso contribuiu para reduzir as vendas totais de manufaturados pelo Brasil, que caíram 25,8% em agosto e 9,5% no ano.

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Em agosto, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,284 bilhões. No mês passado, as exportações somaram US$ 18,853 bilhões, uma queda de 8,5% ante agosto de 2018. Já as importações chegaram a US$ 15,569 bilhões, uma redução também de 13,3% na mesma comparação.

Segundo Brandão, as quedas significativas de agosto se devem ao fato de a base deste mês em 2018 ter sido inflada por operações de exportação e importação de plataformas de petróleo. Não fossem esses negócios, continuaria havendo queda no mês nas vendas e compras do exterior, mas em menor porcentual: -2,6% para importações e -2,7% para exportações.

A estimativa do governo é que tanto a importação quanto a exportação caiam 2% neste ano. “Esperávamos um aumento da importação no primeiro trimestre, mas passamos a prever queda de 2% na corrente de comércio com arrefecimento da demanda”, afirmou Brandão.

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A queda nos automóveis chega a 34,2% nos oito primeiros meses – mais de 70% desses bens são vendidos para a Argentina. Houve redução também nos embarques de soja (-21,3%), resultado de uma oferta menor na safra brasileira e da menor demanda pelo produto por chineses. Por conta da peste suína, a China registrou redução no rebanho de porcos e passou a comprar menos soja para ração dos animais.

Já o minério de ferro registrou alta de 17,3% nas exportações. “Os preços do minério de ferro subiram e compensaram redução de volume após a tragédia de Brumadinho (MG)”, afirmou o subsecretário.

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Pelo lado da importação, a queda no valor de petróleos e derivados influenciou o recuo de agosto.