Exportações do Paraná cresceram 23,5%

O saldo da balança comercial do Paraná apresentou superávit de US$ 147 milhões em novembro. O Estado exportou US$ 519 milhões e importou US$ 372 milhões no mês. No acumulado do ano as vendas externas atingiram US$ 6,598 bilhões. O resultado é 23,5% maior do que em onze meses de 2002 e 15,79% acima de tudo o que foi exportado no ano passado. 

Em novembro, houve uma redução de 9,93% nas exportações em relação a outubro. Os produtos manufaturados responderam por 54% do total vendido para o exterior, compensando a queda nos embarques do setor agrícola, já esperada por conta da sazonalidade do segmento. Com isso, o resultado financeiro do comércio internacional paranaense no mês foi 3,35% acima do que no mesmo período de 2002.

As importações estaduais apresentaram expansão de 43,55% em relação a novembro de 2002, com forte incremento (335%) de produtos básicos, onde estão classificados insumos como uréia, fertilizantes e adubos. No ano, as compras externas chegaram a US$ 3,222 bilhões. Na soma de exportações e importações, o Paraná está com superávit acumulado de US$ 3,376 bilhões em 2003, o que significa 48,18% mais do que em 2002.

De acordo com o relatório mensal do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Paraná, o Estado responde por 15,3% do superávit brasileiro, que atingiu US$ 22 bilhões este ano. ?O comércio exterior é um dos pontos positivos da economia brasileira e os paranaenses vêm contribuindo de forma significativa para o bom resultado do País. Somos o terceiro estado em desempenho?, avalia o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Destino

Em relação aos países de destino dos produtos paranaenses, o destaque é a evolução do volume de vendas para a China. O país compra hoje 10,74% do total das exportações do Estado, o que representa negócios de US$ 709 milhões, uma evolução de cerca de 50% na comparação com 2002. Os Estados Unidos, com US$ 964,5 milhões, continuam sendo o principal parceiro individual do Paraná, mas sua participação caiu de 17,36% no ano passado para 14,62% em 2003.

Entre os principais blocos econômicos do mundo, o comércio com o Mercosul, que responde por 4,51% das exportações locais, foi o que mais evoluiu, com expansão de 86,24% em relação ao ano passado. Europa Oriental, Oriente Médio, Ásia e Aladi tiveram variações positivas entre 65% e 36%. O maior comprador paranaense é a União Européia, com 29,9% do total exportado pelo Estado. O crescimento das exportações foi de 12,23% no ano para os países da região.

Na evolução das parcerias comerciais do Paraná, oito países apresentaram evolução significativa neste ano, superando a casa dos 100% de crescimento. As vendas para Israel foram as que tiveram maior elevação, com 268,95% em relação a 2002. A seguir estão Angola (179,83%), Senegal (162,57%), Canadá (151,58%), Tailândia (123,45%) e Malásia (103,79%).

?A Argentina é um mercado em franca recuperação e já ocupa a quinta posição entre os principais destinos das exportações paranaenses. Neste ano, os argentinos compraram 130% mais do Paraná do que no ano passado?, informa Osvaldo Pimentel, coordenador do CIN.

Produtos

Pimentel mostra ainda que dos 40 principais produtos da pauta de exportações do Estado, oito tiveram crescimento acima de 100% na comparação entre 2002 e 2003. O resultado mais expressivo é de chassis com motor diesel e cabine, que ocupava a 99.ª posição no ano passado no ranking de mais vendidos. Com um acréscimo de 588,3%, este segmento saltou para a 29.ª posição.

Outras evoluções representativas são as do óleo refinado (257,7%), máquinas e equipamentos para colheita (256,58%), torneiras e conexos (218,45%), adubos e fertilizantes (160,17%), carnes bovinas (134,19%), semimanufaturados de ferro e aço (110,45%) e tratores (103,62%). ?Em dez anos a evolução das exportações paranaenses foi de 295%, as importações também triplicaram, assim como o saldo do comércio exterior do Estado?, destaca o coordenador do Centro Internacional de Negócios da Fiep.

Aumento também na indústria

Com alta de 7,6%, a produção industrial do Paraná registrou o maior aumento do País em outubro, na comparação com outubro do ano passado. Segundo os dados divulgados ontem pelo IBGE, nove das doze áreas pesquisadas apresentaram crescimento, resultando em elevação de 1,1% na média nacional. Também tiveram aumento superior à média brasileira: Rio Grande do Sul e Ceará (ambos com 5,5%), Sul (3,7%), São Paulo (2,6%) e Pernambuco (2,1%). Com incremento da produção em percentual inferior à média, aparecem: Bahia (0,2%), Nordeste (0,1%) e Espírito Santo (0,1%). As únicas quedas foram registradas em: Minas Gerais (-0,7%), Santa Catarina (-0,9%) e Rio de Janeiro (-4,0%).

De acordo com o IBGE, a expansão da indústria paranaense em outubro refletiu principalmente o comportamento dos setores: química (14,8%), mecânica (22,6%) e produtos alimentares (5,2%). Dentre os nove setores que reduziram a produção, material elétrico e de comunicações (-23,1%) e minerais não metálicos (-15,0%) apresentaram as maiores contribuições negativas.

No resultado acumulado de janeiro a outubro, houve incremento em sete dos doze locais pesquisados. A liderança coube ao Espírito Santo (15,3%), em função do aumento na extração de petróleo e gás natural e, secundariamente, ao desempenho da indústria de papel e papelão (celulose). O Paraná registra o segundo melhor resultado do País, com alta de 3,4%. Doze gêneros investigados no Estado tiveram expansão, sendo que a principal influência continuou vindo da indústria mecânica (18,9%).

As principais pressões negativas vieram de minerais não metálicos (-5,9%) e papel e papelão (-5,3%). No País, o indicador acumulado do ano ficou estável. Nos últimos doze meses, houve avanço de 0,8% no País. O Espírito Santo está à frente, com aumento de 18,4% na produção industrial, seguido do Paraná (3,9%).

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