As exportações brasileiras devem alcançar, este ano, US$ 200 bilhões. Para o Paraná, as previsões também são positivas: cerca de US$ 12 bilhões, o que representa aproximadamente 20% a mais do que o alcançado em 2007.
Entretanto, os valores poderiam ser bem superiores se o sistema de logística integrada brasileiro fosse melhor estruturado, o que reduziria custos e encurtaria distâncias.
?Para que haja um aumento expressivo das exportações, ainda temos um grande caminho a percorrer. Precisamos investir mais em nossa infra-estrutura logística – sendo esta a necessidade que deu origem ao PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) – além de consolidar nossa política industrial, gerar crédito e melhorar nossas políticas na área tributária, desonerando as exportações?, disse ontem o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, durante participação no V Seminário Nacional de Logística Integrada e Comércio Exterior, em Curitiba.
Atualmente, ao contrário do que acontecia no passado, as barreiras internas à exportação são maiores do que as externas. Segundo o presidente do Sindicato de Exportação e Importação do Paraná (Sindiexpar), entidade promotora do seminário, Zulfiro Antônio Bósio, a principal causa disto é a logística brasileira ainda ser considerada bastante ?capenga?.
Para que a produção nacional seja escoada de forma mais dinâmica e uma quantidade maior de produtos possa ser exportada, é necessário um investimento pesado em todos os portos, ferrovias e rodovias brasileiras.
?Hoje, o Brasil é um país mundialmente conhecido e, ao longo dos últimos anos, houve uma grande abertura do comércio exterior. Por isso, o que nos impede de crescer ainda mais são as barreira internas. Se fossem realizadas melhorias em estradas, ferrovias e portos, reduziríamos os tempos de transporte e de embarque e desembarque de produtos. É preciso uma proposta concreta de investimentosb no setor de logística do país, o que também contribuiria com as importações?, declarou.
Outra medida para melhorar o sistema de escoação nacional, de acordo com Bósio, seria a desburocratização das exportações. A Aduana, em parceria com a Receita Federal, já está colocando em prática um projeto de informatização das exportações brasileiras. Entretanto, muita coisa ainda precisa ser feita.
?A informatização já acontece, por exemplo, em alguns setores do Porto de Santos (SP). Porém, ainda vai levar muito tempo para chegarmos a um patamar que possa ser considerado ideal?, afirmou o presidente do Sindiexpar.
