Foto: SECS

 Eduardo: reconhecimento.

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O Porto de Paranaguá está registrando, neste ano, o segundo melhor resultado na exportação de soja dos últimos vinte anos. A afirmação é do superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, e foi feita ontem, durante a reunião da Escola de Governo. ?Em 2005, apesar da queda na produção de soja e da retenção do grão no interior do Estado, devido à baixa do dólar, houve crescimento de 2% nas exportações de soja pelo Porto de Paranaguá. Este volume só é superado pelos índices de 2003, primeiro ano da nossa gestão, quando foi registrada safra recorde do grão?, disse Eduardo Requião.

O discurso do superintendente na reunião serviu como uma resposta à matéria publicada na última edição da revista Exame desta semana, onde constam declarações equivocadas sobre o Porto e a atividade portuária. ?Ao contrário do que foi divulgado por esta revista, os Portos do Paraná amargavam dívidas que comprometiam toda e qualquer possibilidade de investimentos em melhorias. Saneamos nossas finanças e hoje temos mais de R$ 200 milhões em obras de infra-estrutura em andamento e outras já concluídas, com um caixa suficiente para aportar essas melhorias e dar início aos demais projetos?, declarou Eduardo.

O superintendente afirmou que as ações trabalhistas originadas na Appa tiveram uma redução de 32% entre 2003 e 2004, e que as horas extras, muitas delas ?virtuais?, que antes oneravam os cofres públicos, sofreram quedas expressivas, graças a mudanças na jornada de trabalho das áreas operacionais. ?Contamos com cerca de 650 funcionários e recebemos a Administração Portuária com 50 mil horas extras/mês. Com orientações do Ministério Público e do Tribunal de Contas, hoje este patamar não ultrapassa 10 mil horas extras/mês. Há um benefício incalculável em termos de passivo trabalhista, pois no regime de trabalho anterior, embora a APPA pagasse cerca de 30 mil horas extraordinárias/mês, outras 10 mil eram passíveis de reclamação na Justiça do Trabalho?, frisou o dirigente.

Ampliação

Segundo Eduardo Requião, as mudanças realizadas nos aspectos operacionais e de logística permitiram que Paranaguá e Antonina deixassem de ser conhecidos como terminais ineficientes, retratados através das filas de caminhões e de navios. ?Em março desse ano, e nos meses decorrentes do escoamento da safra, em nenhum momento a mídia e os usuários do porto verificaram qualquer indício de fila de caminhões e de navios. Determinamos que a chegada de caminhões deverá estar integrada à presença da carga vendida no Porto e à nominação dos navios para receber essa carga. Esse fator está sendo preponderante para a redução no valor da ?demurrage? tempo de espera dos navios e, da mesma forma importante, na credibilidade do Porto de Paranaguá no mercado internacional?, comentou o Superintendente.

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O reconhecimento do Porto de Paranaguá, conforme salientou Eduardo Requião, trouxe benefícios importantes para a movimentação portuária e para a abertura de novos mercados. ?A exportação de veículos obteve um crescimento, porque é 46,5% mais barato embarcar pelo nosso porto e porque possuímos uma logística diferenciada. A mesma logística que estamos adotando na instalação do Corredor da Madeira e no Corredor de Congelados, que ampliarão o mercado comprador, em virtude de vantagens competitivas oferecidas pelos portos do Paraná?, disse Eduardo.