economia

Exportações da Volkswagen cresceram 52% de janeiro a julho

As exportações de veículos produzidos pela Volkswagen no Brasil cresceram 52% no acumulado de janeiro a julho deste ano ante igual intervalo do ano anterior, informou a montadora ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Foram 102,5 mil unidades vendidas ao exterior no período, das quais 55% tiveram a Argentina como destino. O México, em segundo lugar, recebeu 26,5%.

Desde que o Brasil passou a enfrentar uma das maiores crises econômicas de sua história, as montadoras instaladas no País se viram obrigadas a aumentar suas exportações, de modo a compensar as fortes quedas das vendas no mercado interno.

A Volkswagen, principal exportadora de veículos do Brasil, tem obtido resultados expressivos em 2017, entre outros motivos, porque no ano passado enfrentou algumas interrupções no fornecimento de peças, o que suspendeu a produção por várias semanas e atrapalhou, como consequência, as vendas ao exterior. As exportações deste ano, portanto, são em parte para compensar o tempo perdido em 2016. A variação da montadora em 2017 supera o do setor como um todo, que apresenta alta de 40,9% no acumulado do ano.

Além disso, o mercado argentino de veículos, principal consumidor de automóveis produzidos no Brasil, tem passado por um bom momento. No acumulado de janeiro a julho, as vendas no país vizinho cresceram 33,4% em relação a igual período do ano anterior, segundo a Acara, associação que representa as concessionárias da Argentina.

No entanto, a partir deste segundo semestre, as montadoras instaladas no Brasil enfrentam um novo obstáculo à exportação de veículos para a Argentina. Isso porque o país vizinho, preocupado com o excesso de carros brasileiros em seu mercado, que está acima do nível permitido em acordo entre os dois países, publicou decreto em que pede garantias das montadoras de que as multas decorrentes desse excesso serão pagas.

Hoje, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, procurou minimizar a medida. Embora tenha demonstrado que reprova a decisão do governo argentino, o executivo disse que as montadoras devem manter o mesmo ritmo de vendas ao exterior, em razão da forte demanda no mercado argentino e apesar desse novo custo imposto pelo país vizinho.

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