Noruega, Cuba, Tailândia, Suécia e países da América Latina foram os destinos que sustentaram a elevação das exportações paranaenses em outubro. No mês, as vendas internacionais totalizaram US$ 842 milhões, crescendo 17,7% sobre o mesmo mês do ano passado, quando ficaram em US$ 715 milhões. Sobre setembro último, a evolução foi de 2%.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, no acumulado do ano o crescimento das exportações paranaenses foi de 2,2%, totalizando US$ 8,3 bilhões, contra US$ 8,1 bilhões de janeiro a outubro de 2004.
Já as importações paranaenses cresceram 14,1% no acumulado do ano, ficando em US$ 3,8 bilhões. Com isto, o superávit acumulado no ano foi de US$ 4,5 bilhões, abaixo dos US$ 4,8 bilhões alcançados no mesmo período do ano passado. Mesmo com este resultado, o Paraná ocupa a quarta posição no ranking dos estados com maior superávit em 2005, sendo responsável por 12,41% do saldo brasileiro.
O coordenador de Novos Negócios da Fiep, Henrique Santos, afirma que outros mercados que cresceram significativamente foram Alemanha, Rússia e Chile. Os alemães compraram 88,71% mais produtos paranaenses. Os negócios com aquele país saltaram de de US$ 487 milhões para US$ 918 milhões. Com isso, os alemães tornaram-se o segundo parceiro comercial do Paraná, atrás apenas dos EUA, com US$ 1,1 bilhão.
O setor automotivo também foi responsável pela alavancagem das vendas para para o mercado alemão. Dos US$ 397 milhões gerados com o comércio internacional de automóveis de 1.0 cilindradas, até outubro, US$ 358 milhões foram resultado de embarques para a Alemanha.
Para o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o crescimento dos negócios com o Chile e outros países do Mercosul e América Latina são resultado das missões promovidas pelo governo estadual.
Com relação às importações, Moreira afirma que a maioria dos produtos comprados são da indústria intermediária. No acumulado do ano, o produto mais importado é o óleo bruto de petróleo, cujas compras cresceram 100%, chegando, até outubro, em US$ 446 milhões. Depois vieram cloretos de potássio e peças de tratores.
Os produtos alemães são os mais comprados pelos paranaenses. A Alemanha vendeu para o Estado US$ 575 milhões, seguido da Nigéria (US$ 410 milhões), e EUA (US$ 402 milhões).