Exportações brasileiras de carne devem aumentar com fim do embargo russo

Brasília – O Brasil deverá aumentar as exportações de carne com o fim do embargo anunciado pelo Serviço de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Federação Russa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Afonso Kroetz, se mais frigoríficos produzirão, a oferta irá, evidentemente, aumentar no mercado externo.

"Uma vez que ele [frigorífico] é aprovado para um determinado mercado, automaticamente advoga o direito de acessar outro mercado que tem as mesmas exigências. Se aumenta a oferta, é positivo para nosso mercado", disse Kroetz.

Ontem,  o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou o fim do embargo a esses frigoríficos, que haviam sido impedidos de exportar para a Rússia, maior comprador individual do país, em maio passado. Duas empresas são de Goiás, duas de São Paulo, duas de Santa Catarina e uma do Rio Grande do Sul.

"Novos frigoríficos, dentro da área habilitada a fornecer para Rússia, poderão ser autorizados, porém ainda sem data definida", informou, em nota, o ministério. A área habilitada compreende os estados de Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul.

Segundo o secretário, três frigoríficos deverão ser inspecionados nesta semana em São Paulo, Rio Grande do Sul e possivelmente em Santa Catarina, para liberação pelos técnicos russos. 

O secretário disse também que o Brasil não vai mudar a estratégia na exportação de carne para depender menos das compras da Rússia. Para Inácio Kroetz, outros parceiros comerciais são importantes, mas isso não significa reduzir as vendas àquele país. "Na realidade, procuramos atingir mais mercados, porque temos excedente de produção. Quanto mais extenso o leque de mercados importadores, melhor para nós. Mais facilidade nós teremos de atender os mercados mais exigentes", afirmou.

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