O Paraná marcou um novo recorde de exportação de frango de corte no primeiro trimestre desse ano. Foram 187,3 mil toneladas vendidas para o mercado externo entre janeiro e março, contra 179,8 mil no mesmo período do ano passado – ou seja, incremento de 4,17%. Com esse desempenho, o segmento acumulou faturamento de aproximadamente US$ 240,7 milhões – aumento de 9,10% comparado com o primeiro trimestre do ano passado. Os dados fazem parte do levantamento do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar).
O bom desempenho do setor mostra que as crises do ano passado – como a febre aftosa, que levou muitos países a fecharem as portas para a carne de frango do Paraná, além da temida gripe aviária – já estão sendo superadas. ?Muitos países que importavam carne bovina do Paraná deixaram de comprar também carne de frango. Mas eles caíram na realidade e viram que frango não tem nada a ver com aftosa?, comentou o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. ?Nossa avicultura é de primeiro mundo?, acrescentou.
Segundo Martins, praticamente todos os países já retiraram as barreiras impostas ao frango de corte. Entre os principais países importadores estão a Arábia Saudita (que responde por 16% do faturamento de exportações do Paraná), Japão (14,60%), Hong Kong (10,56%) e Holanda (9,97%).
No Paraná, as exportações respondem por quase 66% da produção. Segundo o Sindiavipar, entre janeiro e março o Estado produziu 271,7 mil toneladas de frango. Mas, ao contrário da maioria dos setores exportadores, a avicultura não vem sofrendo os efeitos do dólar desvalorizado. ?No caso da avicultura, o câmbio influencia pouco, já que outras commodities, como soja, milho e embalagens, também variam conforme o dólar?, explicou. ?Claro que para a gente seria melhor se o dólar estivesse mais alto, mas o câmbio atual não é tão prejudicial como é para alguns setores.?
O Estado responde por 24,85% do volume de exportações de frango brasileiras – entre janeiro e março, o Brasil vendeu ao mercado externo 753,6 mil toneladas.
Expectativa
Para o ano, a expectativa, segundo Domingos Martins, é que as exportações de frango do Paraná cresçam 12% em relação a 2006. ?Isso se não houver barreiras por parte da Comunidade Européia?, observou. A Comunidade Européia colocou em dúvida as condições fitossanitárias da carne bovina brasileira. Em 2006, o Estado exportou 820 mil de toneladas de frango de corte. Hoje o Paraná é o maior produtor nacional de frangos e alterna com Santa Catarina o título de campeão de vendas externas. O segmento gera 50 mil postos de trabalho diretos e outros 500 mil empregos indiretos no Estado.