Rio – A experiência de sucesso desenvolvida pelo Brasil na realização do antigo Censo Econômico e da atual Pesquisa por Amostra será apresentada a autoridades chinesas pela economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Magdalena Cronemberger Góes, no workshop internacional sobre Censo Econômico, que começa  dia 26 em Beijing, na China. O evento é promovido pelo Departamento de Estatísticas das Nações Unidas (Unds) e pelo Instituto Nacional de Estatística da China (NBS) e reunirá representantes de institutos de estatística de 29 países.

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Magdalena Cronemberger Góes informou que esta é a primeira vez que a China vai fazer esse tipo de levantamento e, por essa razão, está promovendo junto com a ONU o seminário. O evento servirá para a troca de experiências entre países sobre a realização de censos econômicos ou formas alternativas aos censos para obtenção do mesmo objetivo, que são informações sobre atividades produtivas do país.

A economista revelou que o convite da ONU ao Brasil está relacionado ao fato de o País ter dimensão continental, como a China, e à experiência de realizar censos econômicos que, a partir dos anos 90s, foram substituídos por um sistema alternativo que provou ser menos caro, mais eficiente e mais rápido, embora preservando a qualidade das informações sobre a atividade produtiva do País.

Magdalena destacou, porém, que esse sistema não é específico do Brasil. ?O IBGE seguiu uma tendência mundial, no sentido de organização de estatísticas econômicas que articula os levantamentos da instituição com informações sobre o sistema produtivo que são disponíveis em registros administrativos. Esses registros são fontes de informação obtidas a partir de documentos que as empresas são obrigadas a declarar, mensal ou anualmente, à administração pública?, explicou.

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Exemplos dessas informações são as declarações prestadas ao Imposto de Renda, enviadas à Receita Federal, e os dados sobre emprego e salário, encaminhados ao Ministério do Trabalho. ?Como essas fontes existentes têm informações sobre o conjunto de empresas do País, o IBGE não precisa realizar uma operação de censo, que é muito cara e leva muito tempo, para ter esse conhecimento sobre a existência das empresas e seu tamanho. Então, usando essas fontes de informações, a instituição estatística pode organizar outra forma de levantamento, que são as pesquisas por amostra?, disse.

Nessas pesquisas, todas as grandes e médias empresas estão presentes. ?Para as pequenas empresas, que representam 80% do universo de companhias do País, se faz uma amostra com esse sistema e se consegue ter um sistema de informações econômicas menos custoso e mais ágil, que é o que se quer, com informações atualizadas?, explicou.

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