O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, chegou nesta terça-feira, 18, à sessão da Comissão Especial da reforma da Previdência que debate o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). “Vim à comissão especial cumprimentar os colegas”, afirmou, ao deixar o plenário da comissão.

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Questionado sobre a expectativa de votação do texto, ele apenas respondeu que “é a melhor possível”, sem querer estimar uma data. “Quem faz o cronograma da comissão é o (presidente) Marcelo Ramos”, afirmou.

Marinho não respondeu às diversas perguntas dos jornalistas sobre pontos da proposta original que fora retirados por Moreira e que poderiam retornar à reforma por voto complementar, como a capitalização.

Já na sessão de debates, o deputado Filipe Barros (PSL-PR) discursou contra o que chamou de privilégios dos servidores públicos. “A média das aposentadorias do Legislativo é de R$ 27 mil, o que é uma distorção”, disse. “As pessoas que são contra a reforma da Previdência precisam deixar de ser egoístas. Precisamos garantir a aposentadoria das futuras gerações”, completou.

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Já o deputado Darci de Matos (PSD-SC) elogiou o relatório de Moreira e o defendeu de críticas de parlamentares contrários à reforma. Ele lembrou que a oposição esteve 13 anos no poder e não tributou grandes fortunas e dividendos. “Se acovardaram e agora vêm posar de bons moços”, criticou. “Votar contra a reforma é virar as costas para crianças de desempregados”, afirmou, acrescentando que lutará para que a capitalização retorne ao texto, bem como as mudanças para Estados e municípios.

O deputado Vinicius Poit (Novo-SP) também defendeu a inclusão de Estados e municípios, além do retorno da capitalização na reforma. “Se os Estados não entrarem agora, vai ser infinitamente mais difícil aprovar mudanças nas assembleias. E são eles que continuarão quebrando”, afirmou.
O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) foi mais um a fazer a defesa dos policiais militares estaduais, pedindo a equiparação das regras da categoria às Forças Armadas. “Se se admite um tratamento para os militares federais, é preciso se admitir para os estaduais, que são força de reserva”, apontou.

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Em três horas de sessão, 17 parlamentares já fizeram o uso da palavra. A lista de inscritos conta com 155 deputados, sendo 64 para falar a favor da reforma e 91 para falar contra a medida. Além disso, os cerca de 30 líderes partidários também têm direito a fala. A expectativa é de que o debate dure por diversas sessões.