A sondagem de expectativas do consumidor de março da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra uma piora generalizada em relação às expectativas para o futuro. Este é o segundo mês seguido que a fundação verifica uma piora na percepção dos entrevistados quanto à economia brasileira. Os itens mais influenciados pela mudança nas projeções dos consumidores foram emprego e aquisição de bens de alto valor.

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A parcela de entrevistados que acreditam que a economia terá um desempenho melhor nos próximos seis meses passou de 43,5% para 37,6%. Os consumidores que apostam numa piora do quadro econômico passaram de 11,2% para 14,2%.

Apenas 9,2% dos entrevistados afirmam que será mais fácil encontrar emprego nos próximos seis meses. Para a maioria (49,4%) a tarefa será mais difícil. Este é o pior saldo desde abril do ano passado. Ele representa a diferença entre os que crêem que será mais fácil e os que apostam numa piora do mercado de trabalho.

A disposição para compras de bens de alto valor (desde um liquidificador até um automóvel, de acordo com a renda dos entrevistados) está cada vez menor. O saldo (de -42,1 pontos percentuais) entre os que estão dispostos a comprar e os que pretendem economizar foi o pior desde o início da pesquisa, em outubro de 2002.

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Segundo o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo, três aspectos influenciam a redução da intenção de compras de bens nos próximos seis meses: a forte expansão das vendas de duráveis no ano passado, a percepção de que o crédito vai ficar mais caro com o aumento dos juros e a deterioração das expectativas em relação ao mercado de trabalho.

A pesquisa da FGV consultou 1.440 chefes de domicílios entre os dias 7 e 22 de março de 2005.

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